Justiça ouve testemunhas sobre assassinato de manicure no Recife
Segundo as investigações, o corpo da vítima, Dione Gomes da Silva, 40 anos, foi jogado no rio em janeiro deste ano
A Justiça ouviu, nesta sexta-feira (18), sete testemunhas de acusação e de defesa relacionadas ao feminicídio da manicure Dione Gomes da Silva, 40 anos, ocorrido em janeiro deste ano na Zona Sul do Recife. A audiência de instrução e julgamento do acusado, Maurício Alves de Andrade, 43, que era namorado da vítima, ocorreu por meio de videoconferência - por causa da pandemia da covid-19.
A audiência, que teve início por volta das 9h30, foi presidida pelo juiz Jorge Luiz dos Santos Henriques, da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Capital. Na ocasião, as testemunhas foram questionadas pelo Ministério Público e pelo advogado de defesa de Maurício foram o relacionamento entre Dione e o réu e também sobre o crime. A vítima, que foi jogada no Rio Tejipió, no bairro de Afogados, só teve o corpo encontrado dias depois pelo Corpo de Bombeiros.
Uma testemunha não foi ouvida porque não chegou a ser intimada para a audiência. O Ministério Público insistiu no depoimento e, por isso, uma nova audiência será marcada. O réu, que está preso no Presídio Juiz Antônio Luiz Lins de Barros, na Zona Oeste do Recife, também será interrogado por último. Ele responde pelos crimes de feminicídio e ocultação de cadáver. Concluída esta fase, o juiz responsável decidirá se Maurício irá a júri popular.
RELEMBRE O CASO
A manicure Dione Gomes da Silva, 40 anos, saiu de casa, em Camaragibe, no Grande Recife, para visitar o namorado na Imbiribeira, Zona Sul da capital pernambucana. Horas mais tarde, ela teve o corpo jogado no Rio Tejipió, no bairro de Afogados, no dia 03 de janeiro deste ano.
A informação recebida por parentes foi a de que o namorado da manicure teria ligado para um parente pedindo para socorrer Dione, que estaria ensanguentada. Ao chegar na Ponte Motocolombó, que liga o bairro da Imbiribeira a Afogados, ele teria solicitado a parada do carro e em seguida jogado o corpo da vítima no rio.
O cadáver, com lesões no pescoço, foi encontrado após buscas do Corpo de Bombeiros. Na mesma semana, o namorado se apresentou à polícia e acabou preso. Testemunhas relataram que brigas entre o casal eram comuns.
Segundo a filha da vítima, que também não terá o nome divulgado, a mãe tinha um relacionamento com o suspeito há apenas nove meses, marcado por ciúmes. "Ele não deixava ela fazer nada. Até um riso que ela desse incomodava ele, chegou ao ponto até de ela terminar com ele, mas como ela tinha o coração mole, ela voltou com ele", contou a filha, à TV Jornal, na época.
