A Polícia Rodoviária Federal (PRF) está no foco da mídia e do público nos últimos dias, especialmente desde o último domingo (30), dia do segundo turno das eleições.
No domingo, a PRF fez vários bloqueios Brasil afora, sob o argumento de que estava prezando pelas leis de trânsito, mas isso acabou gerando complicações para a locomoção de eleitores que estavam se dirigindo aos seus locais de votação - principalmente na região Nordeste.
No mesmo dia, o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques foi intimado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para explicar o motivo pelo qual esses bloqueios foram realizados.
QUEM É O DIRETOR-GERAL DA PRF SILVINEI VASQUES?
Silvinei Vasques é natural do estado do Paraná. Aos 47 anos de idade, Vasques é formado em Ciências Econômicas, Direito e Administração de Empresas, segundo informações do site oficial da PRF.
O diretor-geral da PRF é servidor da corporação desde o ano de 1995 e está no cargo atual desde abril de 2021, quando foi indicado à posição por Flávio Bolsonaro, filho do então presidente da república Jair Bolsonaro (PL).
Vasques tem um histórico de problemas dentro da PRF. Com apenas dois anos dentro da corporação, em 1997, ele e outros 15 policiais rodoviários foram acusados de pedir propina para permitir que uma empresa de guincho pudesse atuar nas rodovias federais na região de Joinville-SC.
Em 2000, ele espancou um frentista de um posto de combustível no interior de Goiás, depois que o funcionário se recusou a lavar um dos cinco caros da PRF que estava no posto.
Essa agressão gerou uma ação criminal por lesão corporal e abuso de autoridade, que acabou prescrevendo. O frentista ganhou direito a uma indenização no valor de R$ 71mil do governo federal e a Advocacia-Geral da União cobra de Silvinei Vasques o ressarcimento do valor.
Em 2019, Silvinei pediu para assumir o comando da PRF no Rio de Janeiro, o que acabou o aproximando do núcleo bolsonarista, na figura de Flávio Bolsonaro.
DIRETOR-GERAL DA PRF PEDIU VOTO PARA JAIR BOLSONARO
Utilizando de suas redes sociais, Vasques pediu voto para o então candidato à reeleição presidencial, Jair Bolsonaro (PL).
Num story postado no Instagram, em sua conta pessoal, o diretor-geral da PRF escreveu "vote 22, Bolsonaro presidente".