"Não podemos asfixiar por muito tempo o comércio, a sobrevivência das pessoas", diz secretário sobre impossibilidade de "lockdown perpétuo"
André Longo afirmou que o governo tem adotado várias medidas restritivas desde o início da pandemia e que todas elas têm mostrado, com algum grau de efetividade, possibilidade de redução dos números de infecções
A partir desta segunda-feira (14), as 35 cidades da macrorregião 3, no Sertão de Pernambuco, onde houve aumento na solicitação de leitos de terapia intensiva (UTI), entram em quarentena rígida. Até o dia 20 de junho, nos municípios das Gerências Regionais de Saúde (Geres) 6, 10 e 11 – com sedes em Arcoverde, Afogados da Ingazeira e Serra Talhada, respectivamente – só poderão funcionar diariamente as atividades permitidas no decreto. Por outro lado, as macrorregiões 1 e 2, que contemplam a Região Metropolitana (RMR), Zona da Mata e Agreste, voltam a avançar no plano de convivência com a covid-19, com a retomada do funcionamento do comércio nos fins de semana, com horário reduzido.
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Questionado sobre o efeito das restrições diante do controle da pandemia no Estado, o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, afirmou que o governo tem adotado várias medidas restritivas desde o início da pandemia e que todas elas têm mostrado, com algum grau de efetividade, a possibilidade de redução dos números de infecções. "Buscamos agir de maneira tempestiva e de forma proporcional, pois também não podemos asfixiar por muito tempo o comércio, a sobrevivência das pessoas. Temos equilibrado esse processo, que é muito importante. Por vezes, há pessoas que querem que vivamos num lockdown perpétuo, mas isso não é possível; as pessoas não aceitam conviver com isso", destacou o secretário, em coletiva de imprensa na última quinta-feira (10).
Logo em seguida, o secretário explicou que o governo tem trabalhado com o equilíbrio para fazer restrições ou liberações no plano de convivência com a covid-19. "É muito difícil porque todos nós estamos aprendendo todos os dias com uma pandemia nova, com variantes novas. Então, é fundamental que tenhamos consciência da gravidade que vivemos neste momento", frisou André Longo. Ele acrescentou que, nesse cenário, as mudanças podem ser constantes. "Não hesitaremos, se necessário, em adotar medidas mais restritivas como estamos fazendo agora no Sertão, ao detectarmos uma aceleração da pandemia mais forte, nessa região, nos últimos dias."