PANDEMIA

Rede privada sentiu maior procura de pessoas com sintomas para a covid-19 nas últimas 2 semanas, afirma André Longo

Em entrevista à Rádio Jornal, o secretário de Saúde de Pernambuco afirmou que serviços privados informaram maior demanda. O movimento não aconteceu na rede pública

Katarina Moraes
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Katarina Moraes
Publicado em 30/08/2021 às 11:49
EUDES REGIS/GOVERNO DE PERNAMBUCO
Na capital, a assistência voltada à covid-19 também foi oferecida no Hospital da Mulher do Recife (HMR), no Curado, e no Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa (HECPI), em Areias, ambos na Zona Oeste da cidade - FOTO: EUDES REGIS/GOVERNO DE PERNAMBUCO
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O secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, informou em entrevista ao Passando a Limpo, da Rádio Jornal, que serviços de saúde privados informaram à pasta terem visto maior procura de pessoas com sintomas da covid-19 por leitos nas últimas duas semanas. Um movimento que, em contrapartida, não teria acontecido na saúde pública.

"Alguns serviços relataram nessas duas semanas um pouco mais de procura nas emergências no serviço privado, o que não vimos no serviço público. Estamos em alerta permanente para observar essas situações e avaliar a positividade", informou o secretário.

Mesmo assim, pela ainda baixa ocupação, permaneceu a tendência de redução na oferta de leitos reservados à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no serviço privado. “De fato, houve ao longo das últimas semanas uma redução expressiva de pessoas internadas no público e privado, tanto que o serviço privado também fez uma diminuição da oferta de leitos para esse tipo de pacientes, o que mexe no percentual de ocupação”, disse Longo.

Atualmente, segundo dados do boletim dessa segunda-feira (30), a rede privada possui 294 leitos disponíveis para SRAG, sendo 169 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e os outros 125 de enfermaria. A ocupação média é de 49%, sendo 62% na UTI e 30% em enfermaria. Já na rede pública, há 2.159 leitos para sintomas de covid-19 - 1.185 de UTI e 974 de enfermaria. A ocupação média é de 35%, com 38% dos leitos de UTI ocupados e 32% de enfermaria.

Na semana anterior, no dia 15 de agosto, eram 296 leitos disponíveis em hospitais privados - 172 de UTI (com ocupação de 55%) e 124 de enfermaria (29%). Em serviços públicos, havia 2.298 leitos - 1.269 de UTI (41%) e 1.029 de enfermaria (35%). Já no domingo do dia 8 de agosto, eram 341 leitos disponíveis em hospitais privados - 215 de UTI (com ocupação de 46%) e 126 de enfermaria (29%). Em serviços públicos, havia 2.344 leitos - 1.311 de UTI (42%) e 1.033 de enfermaria (37%).

A diminuição da oferta de leitos acontece a partir da conversão dos leitos que antes estavam reservados para pessoas com covid-19 para voltar a tratar outras doenças.

Testagem

O secretário também chamou atenção para a necessidade e importância das testagens para conter a transmissão da covid-19 em Pernambuco. O chefe da pasta pediu que pessoas com sintomas gripais procurem os postos de saúde municipais para saber se estão ou não com a doença, a fim de se isolarem caso estejam contaminadas com o novo coronavírus. No Recife, a estratégia de testagem em massa já começou.

“Testar é fundamental para interromper as cadeias de transmissão. A orientação é: qualquer pessoa que tenha algum sintoma deve procurar os postos de saúde da secretaria municipal e ser testada. Indivíduos testados positivos devem buscar quem teve contato com ele para tentar isolá-los e evitar uma nova onda de proliferação do vírus nos municípios que possa ter repercussão no sistema de saúde no Estado, que agora passa por um momento de baixa procura”, afirmou Longo.

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