Municípios pernambucanos estão autorizados a vacinar com Pfizer quem tomou AstraZeneca na 1ª dose; saiba em que casos isso é possível
Nota técnica da Secretaria de Saúde de Pernambuco orienta as prefeituras sobre a segunda dose
A Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES) emitiu nota técnica em que autoriza os municípios a usarem a vacina da Pfizer em pessoas que receberam AstraZeneca na primeira dose. Segundo a SES, na ausência de estoques de AstraZeneca e passado o prazo de 90 dias, os municípios podem realizar a segunda dose com a vacina da Pfizer para os moradores que iniciaram o esquema com AstraZeneca. Questionada sobre os municípios que já iniciaram esse sistema heterólogo (combinação de vacinas diferentes), a SES informa que não tem esse registro.
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Segundo o médico Eduardo Jorge da Fonseca Lima, a mescla de vacinas de fabricantes diferentes, considerando AstraZeneca/Pfizer, é segura e eficaz. "Foi visto que esse esquema induziu melhor a quantidade de anticorpos. São duas plataformas que estimulam a imunidade de formas diferentes", esclareceu Eduardo Jorge, que é representante regional da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim).
O secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, afirmou que, nos próximos dias, o Estado ainda receberá um grande quantitativo de Pfizer, mas um volume razoável de AstraZeneca. "Esperamos receber mais dela. Nosso déficit para vacinar os pernambucanos em atraso com AstraZeneca é de mais meio milhão de doses."
Se houver falta de AstraZeneca, os municípios e o Estado pactuaram que Pfizer poderá ser aplicada. "Ficou acertado, na Comissão Intergestores Bipartite (da segunda-feira, dia 21), que poderão tomar a vacina da Pfizer as pessoas com mais de 90 dias em atraso para a segunda dose e que iniciaram o esquema vacinal com AstraZeneca", frisou o secretário.
Ele reforçou que já estão comprovadas segurança e eficácia do esquema heterólogo (combina vacinas diferentes) com esses imunizantes. "Mas entre 60 e 90 dias, a orientação ainda é aguardar AstraZeneca. Ultrapassou esse período, deve-se trabalhar com a lógica de ser possível usar a Pfizer", concluiu André Longo.