Pfizer

Expectativa é de que crianças comecem a ser vacinadas contra covid-19 em janeiro ou fevereiro

A projeção é do médico Eduardo Jorge da Fonseca, representante da Sociedade Brasileira de Imunizações

Imagem do autor
Cadastrado por

Estadão Conteúdo

Publicado em 18/11/2021 às 18:43 | Atualizado em 18/11/2021 às 19:52
Notícia
X

O médico e representante da Sociedade Brasileira de Imunizações, Eduardo Jorge da Fonseca, acredita que em janeiro ou fevereiro de 2022, a vacina contra a covid-19 em crianças entre cinco a 11 anos, produzida pela farmacêutica Pfizer, já deverá estar aprovada e em uso no Brasil. Ele explica que a vacina apresentada é diferente da que já é utilizada em adolescentes e adultos.

“Crianças e adolescentes são 25% da população brasileira, esse é um número bastante significativo. Mesmo com a certeza de que as crianças fazem quadro muito mais leve do que os adultos, elas representam um quantitativo importante dentro da população”, disse Fonseca, ao participar da coletiva de imprensa do Governo do Estado, nesta quinta-feira (18).

“Há uma expectativa, nós precisamos da aprovação da Anvisa e, posteriormente, da compra desta apresentação específica pediátrica pelo Brasil, que ainda não está acertada esta compra”, completou o médico. A farmacêutica norte-americana informou que a sua vacina apresentou 90,7% de eficácia contra a covid, em um ensaio clínico com crianças de 5 a 11 anos.

A partir dessa análise, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), recebeu no dia 12 de novembro, um pedido de autorização feito pela Pfizer para aplicar o imunizante nesta faixa etária infantil. O órgão possui um prazo de 30 dias para avaliar a solicitação. Segundo informações do Estadão, o Ministério da Saúde já teria decidido se antecipar e estaria negociando 40 milhões de doses para esse público.

A vacina da Pfizer está registrada no Brasil desde 23 de fevereiro deste ano, para pessoas com mais de 16 anos, e desde 11 de junho para a faixa etária de 12 a 15 anos. "No caso de vacinas para o público infantil, alguns dos principais pontos de atenção da Anvisa se referem aos dados de segurança e eventos adversos identificados, ajuste de dosagem da vacina, fatores específicos dos organismos das crianças em fase de desenvolvimento, entre outros", havia informado o órgão, por nota.

No Recife, o prefeito João Campos chegou a cobrar, por meio de suas redes sociais, que esse processo seja realizado de forma célere pela Anvisa. “Em nações como a China e o Chile, crianças entre 3 e 12 anos já estão sendo imunizadas com a Sinovac. Cabe agora a Anvisa ser célere na avaliação/aprovação dessa nova faixa de imunização para que o Brasil não vá mais uma vez para o fim da fila no combate à doença”, declarou o gestor.

 

Tags

Autor