O Centro de Informações Estratégicas de Vigilância à Saúde (Cievs-PE) contabiliza 1.235 notificações de varíola dos macacos. Desse total, 144 casos foram confirmados.
Além disso, outros 707 casos de varíola do macaco permanecem em investigação. Eles estão subdivididos em casos suspeitos (644) e casos prováveis (63), conforme classificação definida pelo Ministério da Saúde (MS). Do acumulado de notificações, 350 foram descartadas.
Os 144 casos confirmados estão distribuídos nas seguintes faixas etárias: 0 a 9 anos (8 casos), 10 a 19 (12), 20 a 29 (47), 30 a 39 (47), 40 a 49 (18), 50 a 59 (5) e 60 e mais (7).
Do total, 114 são do sexo masculino e 30 do sexo feminino. Dos 144 casos positivos, 47 evoluíram para cura e 97 estão em isolamento domiciliar.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) destaca ainda que, entre os casos em investigação (707), os suspeitos (644) são considerados aqueles em que os pacientes apresentam início súbito de lesão em mucosas e/ou erupção cutânea aguda sugestiva de varíola dos macacos.
Entre eles, 356 são do sexo masculino e 288 são do sexo feminino. As faixas etárias são: 0-9 anos (90 casos), 10-19 (126), 20-29 (137), 30-39 (128), 40-49 (83), 50-59 (48), 60 e mais (32).
Com relação aos casos prováveis, que também estão em investigação, foram registrados 63 casos, quando os pacientes se enquadram como suspeitos e, além da lesão cutânea, apresentam outros critérios como exposição próxima e prolongada com caso provável ou confirmado de varíola dos macacos.
Desses casos prováveis, 48 são do sexo masculino e 15 são do sexo feminino. As faixas etárias são: 0-9 anos (8 casos), 10-19 (10), 20-29 (18), 30-39 (10), 40-49 (15), 60 e mais (2).
Veja abaixo a proporção dos sinais e sintomas apresentados pelos 144 casos confirmados de varíola dos macacos em Pernambuco até o momento:
Na rede pública estadual, os pacientes com suspeita de varíola do macaco podem ser acolhidos e realizar, na própria unidade de saúde, a coleta de material das lesões cutâneas. Veja onde:
"Pernambuco iniciou o processamento de amostras pelo Lacen-PE (Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco), com o objetivo de ampliar a capacidade de resposta e reduzir o tempo de espera pelos resultados", diz o secretário Estadual de Saúde, André Longo.
Ele informa que, com essa descentralização e a análise das coletas feita no Estado, há condições de aumentar a quantidade do envio de amostras diretamente para o Lacen-PE.
"Por isso, realizamos a entrega dos kits de coleta (que contém swab e tubo seco) para todos os equipamentos da rede estadual, com capacidade de entrega também para a rede municipal. Sendo assim, os pacientes poderão ser atendidos, avaliados e, caso se enquadrem como casos suspeitos, já pode ser realizada a coleta do material das lesões de pele e enviadas diretamente para o Lacen-PE", acrescenta Longo.
Atualmente, todos os serviços de saúde devem realizar a notificação compulsória e imediata (em até 24 horas) dos casos suspeitos e/ou confirmados de varíola dos macacos.
Em caso suspeito da doença, as vigilâncias municipais devem realizar o rastreamento de contatos.
"Considerando o atual cenário epidemiológico da doença, em que já foi constatada a transmissão comunitária, nosso objetivo é proporcionar o acesso ao diagnóstico em todas as unidades que são porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS) e garantir o suporte assistencial da monkeypox na rede estadual", diz a secretária-executiva de Vigilância em Saúde de Pernambuco, Patrícia Ismael.
Ela frisa que a necessidade de os municípios participarem do enfrentamento à varíola dos macacos e criarem suas próprias estratégias para descentralizar a coleta de exames.
"Pelo fato de a maioria dos casos apresentar manifestação clínica leve e a doença evoluir geralmente de forma benigna, os pacientes são atendidos prioritariamente nos ambulatórios municipais, nos postos de saúde e nas policlínicas."
Ela salienta que a coleta seja realizada também na atenção primária - seja em locais específicos para isso ou mesmo por meio da vigilância epidemiológica de cada município.
"O importante é garantir, a qualquer pessoa que apresente os sintomas, a possibilidade de ser examinada pelo médico e o acesso à coleta do material para ser analisado pelo Lacen-PE", complementa Patrícia Ismael.