O novo Boletim InfoGripe Fiocruz, divulgado nesta terça-feira (29), continua a manter o alerta para o avanço dos casos de síndrome respiratória aguda grave (srag) por covid-19 em Estados de todas as regiões do Brasil.
Essa tendência, que já se observa em 20 de 27 unidades da federação, está presente especialmente na população adulta e nas faixas etárias acima de 60 anos, segundo a Fiocruz.
O estudo aponta para aumento nas tendências de curto (últimas três semanas) e longo prazo (últimas seis semanas) e é compatível com os números de covid-19.
A análise, que é referente à semana epidemiológica de número 47 (período de 20 a 26 de novembro), tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 28 de novembro.
Outro ponto que também chama atenção na atualização é a retomada do crescimento dos casos associados ao vírus sincicial respiratório (VSR) em crianças pequenas nos três estados da Região Sul. Já em São Paulo, o VSR mantém presença expressiva nas crianças de 0 a 4 anos.
O pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, orienta que a população mantenha cuidados básicos, como o uso de máscaras adequadas (preferencialmente N95 ou PFF2) em ambientes de maior exposição ao vírus, como transporte público, locais fechados ou mal ventilados, aglomerações e nas unidades de saúde.
"É extremamente importante ter esse cuidado para termos um final de ano com menor impacto possível, dado esse cenário epidemiológico que está muito claro em todo o País", explica o coordenador do InfoGripe.
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Os dados indicam para maior incidência de srag pelo coronavírus em todas as faixas etárias, com maior destaque na população adulta.
Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de 3,4% para influenza A; 0,1% para influenza B; 12,1% para VSR; e 71,3% para coronavírus (covid-19).
Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 1,9% para influenza A; 0,0% para influenza B; 0,4% para VSR; e 95,4% para coronavírus.
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Vinte das 27 unidades federativas apresentam crescimento moderado na tendência de longo prazo até a semana epidemiológica 47: Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo.
Dezenove das 27 capitais apresentam crescimento moderado na tendência de longo prazo até o mesmo período: Aracaju (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Boa Vista (RR), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Natal (RN), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), São Paulo (SP) e Teresina (PI).