Uma nova rodada de sequenciamento genético realizada pelo Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz-PE), a pedido da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), ratifica a predominância, em território pernambucano, da circulação da ômicron e suas subvariantes.
O levantamento, divulgado nesta quarta-feira (30), apontou que, das 96 amostras positivas realizadas, 78 (81,2%) foram identificadas como BA.5 e 18 (18,8%) foram classificadas como BQ.1 - esta última, subvariante da ômicron.
Em Pernambuco, a BQ.1 foi identificada pela primeira vez em genomas de pacientes confirmados para a doença em sequenciamento liberado no dia 12 deste mês.
Não foi detectada nesta nova amostragem a subvariante XBB, que havia sido identificada no último estudo.
As coletas das amostras analisadas nesta rodada de sequenciamento foram realizadas entre os dias 2 de outubro e 9 de novembro.
Os pacientes são residentes dos seguintes municípios pernambucanos: Camaragibe (2), Igarassu (1), Jaboatão dos Guararapes (16), Moreno (2), Olinda (7), Paulista (3), Petrolina (1), Recife (58) e São Lourenço da Mata (1). Há, ainda, pacientes de outros estados entre as coletas: Ceará (1), São Paulo (1), Alagoas (1), Rio de Janeiro (1) e Minas Gerais (1). Todos os casos foram registrados nos sistemas de informação como casos leves.
"A vigilância genômica da covid-19 é fundamental para monitorar o percurso das linhagens do vírus no território. Esse trabalho ininterrupto com nossos parceiros nos dá um panorama do cenário da doença e reforça o que temos alertado nas últimas semanas, período no qual registramos aumento do número de casos de covid", diz o secretário Estadual de Saúde, André Longo.
"O uso de máscara, o distanciamento social, a higienização adequada das mãos, a testagem em caso de suspeita em especial nos grupos de idosos e com comorbidades, e a vacinação são essenciais para conter os registros", acrescenta.