A mulher espanhola que acusa de estupro o jogador de futebol Daniel Alves está sendo tratada com medicações antivirais para evitar infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
Segundo a advogada da denunciante, o suposto crime foi cometido sem uso de preservativo (camisinha).
Em casos de suspeita ou confirmação de violência sexual, uma das primeiras medidas a serem tomadas pelas equipes de saúde é oferecer a vítima a medicação PEP, sigla que significa profilaxia pós-exposição.
Entenda como funciona a PEP.
COMO FUNCIONA A PEP?
A PEP é um tratamento que consiste no uso de vários medicamentos que reduzem o risco de que um vírus chegue ao sistema imunológico da pessoa estuprada (ou que afirme ter sido estuprada).
O objetivo da medicação é reduzir as chances de infecção por HIV, hepatites virais e outras infecções sexualmente transmissíveis.
De acordo com a advogada da espanhola, Ester García Lopez, em entrevista ao portal UOL Esporte, Daniel Alves não usou preservativo na noite do suposto crime.
"Ela está recebendo apoio psicológico por meio de uma entidade pública especializada em tratar vítimas de violência. O hospital prescreveu todo um tratamento dirigido a evitar qualquer tipo de doença infecto-contagiosa, porque não foi utilizado nenhum preservativo", disse Lopez.
Para evitar IST's, a denunciante está sob o uso de medicamentos da PEP, que são antirretrovirais e devem ser administrados o mais rápido possível após o abuso sexual.
De acordo com os médicos, o ideal é começar a utilização dos medicamentos em até duas horas após a relação sexual. A recomendação é de que a PEP seja iniciada em, no máximo, 72 horas.
Todo o processo leva 28 dias e o paciente deve voltar em seguida para uma reavaliação médica.
PEP: QUANDO USAR?
O uso da PEP é recomendado para:
- Vítimas de violência sexual;
- Pessoas que tiveram relações sexuais com pessoas que tenham HIV ou quando não se sabe se a pessoa tem o vírus e não usou camisinha ou a proteção tenha estourado;
- Profissionais de saúde que acidentalmente entraram em contato com o vírus.
ATENDIMENTO EM CASOS DE VIOLÊNCIA SEXUAL
Além da PEP, vítimas de violência sexual devem também receber a pílula do dia seguinte e a vacina contra hepatite B.