ALERTA: Casos de DENGUE crescem 59,5% no começo de 2023 em Pernambuco, aponta boletim da SECRETARIA DE SAÚDE

Cenário exige cuidado e ações do poder público, pois estamos no período do ano com maior transmissão da dengue
Cinthya Leite
Publicado em 28/02/2023 às 10:27
O acúmulo de água parada contribui para a proliferação do mosquito e, consequentemente, maior disseminação da dengue Foto: RODRIGO LÔBO/ACERVO JC IMAGEM


O ano de 2023 começou com aumento no número de casos de dengue em alguns Estados brasileiros. 

Segundo os dados mais recentes do boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde de Pernambuco, o número de casos prováveis de dengue aumentou 59,5% no Estado este ano (considerando dados até 11 de fevereiro), em comparação com o mesmo período de 2022. 

Em Pernambuco, também até o dia 11 de fevereiro, foram notificados 2.037 casos suspeitos de arboviroses. Entre eles, 1.446 de dengue, 493 de chicungunha e 98 de zika.

Dentro dos notificados, 1.051 são casos prováveis de dengue. Esse número, quando comparado ao mesmo período do ano anterior, representa um aumento de 59,5%.

Foi identificado o sorotipo DENV-1 nos municípios de Exu e Petrolina, ambos no Sertão do Estado.

Do total de casos registrados de arboviroses, 17 eram mulheres gestantes com suspeita das doenças. Oito delas realizaram coleta para análise laboratorial, totalizando 24 exames: 1 foi positivo para dengue, 5 tiveram resultado negativo para chicungunha e 6 obtiveram resultado negativo para zika.

O boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde de Pernambuco também relata aumento nos casos de zika (31 casos prováveis, representando aumento de 158,3%) no período analisado.

Já em relação à chicungunha, houve uma diminuição de e 53,3% (351 casos prováveis). 

ARBOVIROSES NOS MUNICÍPIOS 

Em relação à incidência dos casos prováveis de dengue em Pernambuco, três municípios (Cupira, no Agreste; Granito, no Sertão; e Itaquitinga, na Zona da Mata Norte de Pernambuco) estão em situação de média incidência (>100 e 0 e 100 casos prováveis/100.000 habitantes) e noventa e um (91) não registraram casos prováveis.

Até o momento, não houve morte confirmada para dengue em Pernambuco.

QUANDO A DENGUE É GRAVE?

Quatro municípios de Pernambuco (Igarassu, Paudalho, Recife e São Lourenço da Mata) já registraram este caso confirmado na forma grave da dengue, popularmente chamada de dengue hemorrágica

A forma grave da dengue inclui dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas.

A fase crítica da dengue tem início com o declínio da febre, entre o 3° e o 7° dia do início de sintomas. Os sinais de alarme que sugerem início de gravidade, quando presentes, ocorrem nessa fase.

Essa condição marca o início da piora clínica do paciente. Sem a identificação e o tratamento correto nessa fase, alguns pacientes podem evoluir para as formas graves.

Os casos graves de dengue são caracterizados por sangramento, disfunções de órgãos ou extravasamento de plasma.

Mulheres grávidas, crianças e pessoas mais velhas (acima de 60 anos) têm maiores riscos de desenvolver complicações pela dengue.

Os riscos aumentam quando o indivíduo tem alguma doença crônica, como asma brônquica, diabetes mellitus, anemia falciforme, hipertensão, além de infecções prévias por outros sorotipos. 

QUAL É O SINTOMA DA DENGUE?  

Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias.

DENGUE HEMORRÁGICA

Dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas são sinais da forma grave da dengue.

Como sintomas que são sinal de alerta, estão são mal-estar, falta de apetite e dor atrás dos olhos.

No entanto, a dengue pode ser assintomática (sem sintomas) ou com sinais leves. 

COMO É O MOSQUITO DA DENGUE  

O Aedes aegypti (vetor da dengue) é originário do Egito.

A dispersão pelo mundo ocorreu da África: primeiro da costa leste do continente para as Américas, depois da costa oeste para a Ásia.

FREEPIK/BANCO DE IMAGENS - O agente transmissor do vírus da dengue é o mosquito Aedes aegypti

O vetor foi descrito cientificamente pela primeira vez em 1762, quando foi denominado Culex aegypti. Culex significa “mosquito” e aegypti, egípcio, portanto: mosquito egípcio.

O gênero Aedes só foi descrito em 1818. Logo, verificou-se que a espécie aegypti, descrita anos antes, apresenta características morfológicas e biológicas semelhantes às de espécies do gênero Aedes – e não às do já conhecido gênero Culex. Então, foi estabelecido o nome Aedes aegypti.

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