A vacina contra a dengue da Takeda (QDENGA), que foi aprovada esta semana no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), previne a doença causada por qualquer um dos quatro sorotipos do vírus.
QDENGA, voltada a pessoas de 4 a 60 anos, é a única vacina contra a dengue aprovada no Brasil para uso independentemente da exposição anterior da pessoa à dengue e sem necessidade de teste pré-vacinação.
"O Brasil tem uma elevada prevalência de dengue e necessita de opções de vacinas eficazes e seguras para ajudar a gerir o ônus significativo da dengue no sistema de saúde e nas comunidades", afirma o presidente da Takeda no Brasil, José Manuel Caamaño.
"Temos orgulho de colocar, assim que possível, a nossa vacina à disposição do governo brasileiro e dos profissionais de saúde, assim com a esperança de que possa se tornar uma ferramenta importante para ajudar a combater a dengue, como parte de um programa integrado de gestão da dengue, juntamente com o controle do vetor", diz José Manuel.
Ele acrescenta que, com base nos resultados dos estudos clínicos, a expectativa é de que QDENGA possa ter um impacto positivo na incidência de dengue sintomática no Brasil, incluindo casos de dengue que requerem hospitalização.
"Levar QDENGA para países de todo o mundo continua a ser uma prioridade máxima para a Takeda, e essa aprovação é um passo em direção ao nosso propósito de proporcionar uma saúde melhor para as pessoas."
A dengue é uma doença viral transmitida por mosquitos que representa uma ameaça significativa à saúde pública para metade da população mundial, com risco de infecção em mais de 125 países, incluindo muitos na América Latina.
A dengue hemorrágica (como é popularmente chamado o quadro mais grave de dengue) tornou-se uma das principais causas de hospitalização e morte entre crianças e adultos em alguns dos países da região.
Em 2022, o Brasil registrou mais de 1,4 milhão de casos de dengue e mais de 1.000 mortes, de acordo com o Ministério da Saúde.
O número representa um aumento de 162,5% nos casos de óbitos, em comparação com 2021.
"Segundo especialistas e médicos generalistas no Brasil, os surtos de dengue e as hospitalizações resultantes causam um impacto considerável no nosso sistema de saúde, uma vez que a dengue não só afeta os acometidos pela doença, mas também a capacidade dos médicos de prestar atendimento de saúde a outros pacientes", informa a médica Vivian Kiran Lee, diretora-executiva de Medical Affairs da Takeda no Brasil.
Para ela, a aprovação de uma vacina segura e eficaz, que não exige testes sanguíneos pré-vacinação, é importante para ajudar a reduzir barreiras potencialmente críticas ao acesso e à administração da vacina em larga escala para a população brasileira.
"Acreditamos que QDENGA, juntamente com os métodos de controle do vetor, tem potencial para se tornar um importante pilar do Programa Nacional de Combate à Dengue, beneficiando a
população exposta elegível à vacinação e ajudando a reduzir seu ônus sobre o sistema de saúde", ressalta Vivian.
A aprovação de QDENGA baseia-se nos resultados de 19 estudos com mais de 28 mil crianças e adultos, incluindo quatro anos e meio de seguimento de dados clínicos do Estudo de Eficácia da Imunização Tetravalente contra a Dengue (Tides).
O estudo Tides atingiu o objetivo primário de eficácia, prevenindo 80,2% dos casos de dengue sintomática doze meses após a vacinação.
Além disso, a vacina atingiu o principal objetivo secundário prevenindo 90,4% das hospitalizações num período de 18 meses após a vacinação.
Análises exploratórias do Tides mostraram que, ao longo do seguimento de quatro anos e meio, a vacina evitou 84% dos casos de hospitalização de dengue e 61% dos casos de dengue sintomática na população total do estudo, que incluiu tanto indivíduos soropositivos como soronegativos.
A vacina QDENGA tem sido, segundo a Takeda, geralmente bem tolerada, sem evidência de aumento da incidência de doença grave em pacientes soronegativos e sem riscos de segurança importantes identificados até o momento.
A Takeda garante que atuará junto a autoridades e especialistas de saúde brasileiros para tornar a vacina acessível à população brasileira elegível.
No Brasil, QDENGA é indicada para a prevenção da dengue causada por qualquer sorotipo do vírus em indivíduos de 4 a 60 anos de idade.
A vacina contra dengue QDENGA deve ser administrada por via subcutânea na dosagem de 0,5 ml em um regime de duas doses (0 e 3 meses), conforme aprovado.