A partir desta quarta-feira (8), os municípios de Pernambuco devem avançar na segunda fase da campanha com a vacina bivalente contra covid-19.
O anúncio foi feito, nesta tarde, pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE).
A autorização vem dez dias depois de Pernambuco iniciar a imunização com as vacinas bivalentes da Pfizer.
Nesta nova etapa, quase 700 mil pessoas poderão tomar a vacina bivalente contra covid-19 em Pernambuco.
No Estado, estão contemplados com a bivalente, nesta nova estratégia de intensificação da vacinação contra a covid-19, pessoas de 60 a 69 anos.
De acordo com o Ministério da Saúde, a partir de estudos epidemiológicos e eficácia de vacinas para covid-19, observou-se uma redução da proteção ao longo do tempo.
Essa redução de proteção foi mais observada a partir dos 60 anos, que é a faixa etária mais atingida com essa diminuição imunológica, inclusive de forma proeminente em relação à variante ômicron.
"A vacinação deve ser uma prioridade sempre. Identificamos uma procura abaixo do esperado para imunização com essas doses e, por essa questão, decidimos promover a ampliação da faixa etária para pessoas entre 60 e 69 anos, seguindo as fases recomendadas pelo Ministério da Saúde", diz a secretária Estadual de Saúde, Zilda Cavalcanti.
"Dessa maneira, passamos a oportunizar a proteção para mais pernambucanos. Aproveito para convocar a população elegível a completar o calendário vacinal", completa.
Até o momento, foram registrados pelo Programa Nacional de Imunizações de Pernambuco (PNI-PE), pouco mais de 20 mil doses aplicadas da vacina bivalente contra covid-19.
Esse total é referente à primeira fase, de acordo com as informações repassadas pelos municípios ao PNI-PE.
A vacina bivalente contra covid-19 possui um frasco com a tampa na cor cinza e é diferente dos demais imunizantes da Pfizer.
Para receber a aplicação da bivalente, todos devem ter tomado, no mínimo, duas doses da vacina contra covid-19 e ter feito a última vacina monovalente há, pelo menos, quatro meses.
A utilização da bivalente foi autorizada no Brasil para uso como dose de reforço.
"Isso significa que não se pode atualmente começar o esquema vacinal contra covid-19 com a bivalente. Antes de tomá-la, é preciso fazer duas doses da monovalente (são as primeiras vacinas, aquelas que imunizam contra a cepa original do coronavírus)", esclarece o médico Eduardo Jorge da Fonseca Lima, conselheiro do Conselho Regional de Medicina do Estado de Pernambuco (Cremepe).
"O grande plus da vacina bivalente contra covid-19 é a duração da proteção. Ela amplia a proteção por mais tempo. Por isso, acredito que, a partir desta bivalente, teremos o reforço anual da vacina, e não mais que isso, como vinha sendo", salienta Eduardo Jorge.