Com o objetivo de compartilhar informações atualizadas para colaborar com a prevenção do suicídio no País e conscientizar a sociedade, a Associação Brasileira de Psiquiatria lança mais uma edição do Setembro Amarelo, com a campanha Se precisar, peça ajuda.
O movimento é realizado em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM).
A iniciativa chega ao 9º ano e acontece durante todo o mês, com ápice no Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio: 10 de setembro.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), são registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo, sem contar com os episódios subnotificados. Com eles, estima-se mais de 1 milhão de casos de suicídio em todo o planeta.
No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano. Ou seja, em média, 38 pessoas cometem suicídio por dia.
Entre 2010 e 2019, ocorreram, no Brasil, 112.230 mil mortes por suicídio. Houve um aumento de 43% nos casos registrados.
Embora os números estejam diminuindo em todo o mundo, como nos países da Europa, estudos recentes observaram um aumento das taxas de suicídio em países de média e baixa renda, especialmente nas regiões do Leste Asiático, da América Central e da América do Sul.
Dessa maneira, disseminar conteúdos orientativos para toda a população é imprescindível para ajudar a diminuir esses números.
"Precisamos orientar para conscientizar e prevenir. No mês de setembro, concentramos os nossos esforços e vamos para a prevenção efetiva do suicídio. A morte por suicídio é uma emergência médica e pode ser evitada através do tratamento adequado do transtorno mental de base", afirma o presidente da ABP, Antonio Geraldo da Silva.
Durante o mês de setembro, a ABP prepara diversas ações para conscientizar sobre o tema, como eventos online, iluminação de espaços públicos e de monumentos com a cor da ação, campanha nas redes sociais, disponibilização de cartilhas informativas no site e materiais gráficos, que podem ser acessados no site: www.setembroamarelo.com.
Todos nós devemos atuar ativamente na conscientização da importância que a vida tem e ajudar na prevenção do suicídio - tema que ainda é visto como tabu.
É importante falar sobre o assunto para que as pessoas que estejam passando por momentos difíceis e de crise busquem ajuda e entendam que a vida sempre vai ser a melhor escolha.
Quando uma pessoa decide terminar com a própria vida, os seus pensamentos, sentimentos e ações apresentam-se muito restritivos - ou seja, ela pensa constantemente sobre o suicídio e é incapaz de perceber outras maneiras de enfrentar ou de sair do problema. Essas pessoas pensam rigidamente pela distorção que o sofrimento emocional impõe.
Informar-se para aprender e ajudar o próximo é a melhor saída para lutar contra esse problema tão grave.
É muito importante que as pessoas próximas saibam identificar que alguém está pensando em tirar a própria vida e a ajude. A partir de uma escuta ativa e sem julgamentos, cada pessoa pode mostrar que está disponível para ajudar e demonstrar empatia, além de levar ao médico psiquiatra, que vai saber como manejar a situação e salvar o paciente.