O câncer de pele é o tipo de câncer mais comum no Brasil, sendo responsável por mais de 30% de todos os casos da doença no país. Anualmente, são registrados cerca de 180 mil novos diagnósticos pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA).
Diante desse cenário e com uma população em exposição solar excessiva, principalmente na região Nordeste, que está sempre com grande incidência de raios solares, a prevenção e o diagnóstico precoce se tornam ainda mais importantes.
Tipos de câncer de pele
De acordo com o Dr. Paulo Guedes, dermatologista do Hospital Jayme da Fonte, existem três tipos principais de câncer de pele: o Carcinoma Basocelular (CBC), o Carcinoma de Células Escamosas (CEC) e o Melanoma.
O CBC é o mais prevalente dentre todos os tipos e surge nas células basais, que se encontram na camada mais profunda da epiderme.
“O Carcinoma Basocelular é o mais comum e geralmente aparece em em regiões expostas ao sol, como face, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. Ele aparece como um pequeno carocinho ou uma pequena pápula”, explica o médico.
Segundo o dermatologista, esse é um tipo de câncer de crescimento lento e, usualmente, não se espalha para outras partes do corpo. No entanto, é necessário tratar precocemente para não enfrentar o risco de desenvolvimento da doença.
Já o Carcinoma de Células Escamosas surge a partir de lesões pré-cancerosas e é o segundo mais comum. Esse tipo de câncer pode ser mais semelhante a um uma lesão verrucosa e áspera, e pode se desenvolver em todas as partes do corpo.
“É um câncer que é encontrado com mais frequência na cabeça e no pescoço, mas ele também tem uma tendência a crescer nos ouvidos, nos lábios e nos dorsos das mãos e nos pés. Ele é mais agressivo, pois pode se desenvolver em outras áreas de uma maneira diferente, como úlceras, e alastrar-se para outras partes do corpo, mas se for tratado precocemente, é totalmente curável ", reforça Guedes.
Além disso, o CEC também é duas vezes mais frequente em homens do que em mulheres, e, assim como outros tipos de câncer da pele, a exposição excessiva ao sol é a sua principal causa.
O Melanoma, por sua vez, é o tipo menos comum de câncer de pele, mas tem o pior prognóstico e o mais alto índice de mortalidade, podendo se espalhar rapidamente para outras partes do corpo.
“É bem menos frequente, mas ao mesmo tempo é o mais perigoso. Usualmente, o melanoma aparece como uma mácula de cor marrom ou vermelha, ou com aspecto de sinal que muda de cor, de formato ou de tamanho”, destaca o dermatologista.
Embora o diagnóstico de Melanoma normalmente traga medo e apreensão aos pacientes, as chances de cura são de mais de 90%, quando há detecção precoce da doença.
Fatores de risco
É importante ressaltar que o câncer de pele pode ocorrer em qualquer idade, e embora seja menos comum, pode surgir também em crianças e pessoas negras que tenham algum outro tipo de problema cutâneo. Entre as pessoas mais propensas ao desenvolvimento da doença, estão as de pele muito clara, albinas, com vitiligo ou em tratamento com imunossupressores, devido a sensibilidade ao sol.
“Os fatores de risco adicionais que podem aumentar o risco de câncer de pele são pessoas transplantadas, que tomam remédios imunossupressores (aqueles que inibem ou amenizam as ações do sistema imunológico), que se expuseram ao sol durante muito tempo e, principalmente, os que têm pele mais clara e não se protegeram ao longo do anos”, afirma o Guedes.
A hereditariedade também desempenha um papel central no desenvolvimento da doença. Segundo o médico, o risco aumenta quando há casos registrados em familiares de primeiro grau.
“As pessoas que têm histórico familiar de câncer de pele têm uma maior chance de desenvolver a doença. Principalmente porque a doença pode estar relacionada com o tipo de pele do paciente, e por isso, familiares de pacientes diagnosticados com a doença devem se submeter a exames preventivos regularmente”, ressalta.
Prevenção
Todos os casos de câncer da pele devem ser diagnosticados e tratados precocemente, inclusive os de baixa letalidade, mas é com a prevenção que se reduz o risco de desenvolver a doença.
Ainda segundo Paulo, os cuidados com a fotoproteção devem ser constantes e podem garantir uma vida saudável para todos.
“As medidas de proteção e prevenção que reduzem o risco de câncer de pele são, principalmente, o uso de filtro solar, de roupas que protejam do sol, e evitar o sol nas horas mais quentes do dia. Esses cuidados durante o verão necessitam ser redobrados”.
Diagnóstico e tratamento
Consultas regulares com um dermatologista são essenciais para detectar qualquer alteração na pele, além disso, o autoexame também é uma prática que pode ser realizada em casa, observando o próprio corpo e procurando por sinais e manchas suspeitas.
O diagnóstico correto do problema é feito pelo dermatologista, por meio de exame clínico. Em algumas situações, são necessárias avaliações mais invasivas, que permitem visualizar algumas camadas da pele que não são vistas a olho nu.
Já a modalidade de tratamento do câncer de pele varia conforme o tipo e a extensão da doença. Nos casos iniciais, a remoção cirúrgica é uma opção comum. No entanto, quando o câncer de pele está em estágios mais avançados, outros procedimentos que apresentam altas taxas de sucesso, como radioterapia e quimioterapia, podem ser necessários.
Excelência na prevenção, diagnóstico e tratamento
O câncer de pele é um grave problema de saúde pública, mas a prevenção, o diagnóstico precoce e um tratamento eficaz podem fazer a diferença na vida das pessoas. Pensando nisso, o Hospital Jayme da Fonte, oferece um atendimento humanizado para pacientes com doenças dermatológicas.
Há 68 anos, o HJF tem mantido seu compromisso com a excelência médica e a qualidade no atendimento. Com um corpo clínico de profissionais conceituados, referência na realização de procedimentos de alta complexidade, o hospital oferece um cuidado completo e multidisciplinar aos pacientes, aliando tecnologia avançada e conhecimento científico atualizado.
Além disso, o hospital possui uma infraestrutura moderna e bem equipada, com instalações que garantem o conforto e segurança dos pacientes, ajudando a melhorar a qualidade de vida e a aumentar as chances de recuperação.