A 2ª edição do evento Descomplicando o Autismo nas Escolas, promovido pela Clínica Ninho, acontece nesta segunda-feira (16) a partir das 19h, no Teatro RioMar Recife, localizado no Pina, Zona Sul da capital pernambucana.
O encontro tem a missão de discutir as dificuldades que as escolas enfrentam ao atender crianças com autismo. Na ocasião, será destacada a importância de se oferecer o suporte necessário para atender adequadamente os alunos com transtorno do espectro autista.
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo formulário que está na bio do Instagram da Clínica Ninho (@clinicaninho). Ao todo, 600 vagas estão disponíveis.
A palestra conta com a participação de quatro especialistas no tema: Carmo Pascoal, analista do comportamento e supervisora da Clínica Ninho; Gustavo Holanda, neuropediatra; Thallyta Mota, mestre e supervisora ABA; e Franklin Façanha, advogado especialista no direito de pessoas com autismo.
O intuito do evento é instrumentalizar professores, diretores, psicopedagogos e todos os profissionais de âmbito escolar, de modo a facilitar o acompanhamento de crianças transtorno do espectro autista e dar continuidade ao processo evolutivo terapêutico com maior efetividade na rotina. Dessa maneira, é possível melhorar a socialização e a inclusão de forma mais assertiva, além de oferecer maior qualidade de vida para crianças e jovens.
As palestras apresentarão ferramentas que podem ser utilizadas pelos educadores para melhorar o atendimento aos alunos com autismo, a fim de proporcionar um ambiente escolar mais inclusivo e acolhedor.
"As escolas são um divisor de águas na vida dessas crianças, ou elas se integram ou vão ficar extremamente reclusas no futuro. Por isso, orientamos que profissionais da educação participem de capacitações para que a escola acompanhe a terapia", afirmou a analista de comportamento e supervisora da Clínica Ninho, Carmo Pascoal.
O QUE É O AUTISMO?
O autismo e os transtornos do desenvolvimento são condições que afetam o neurodesenvolvimento infantil. É importante que os pais estejam atentos a condição, a fim de procurar um médico o mais cedo possível.
O diagnóstico precoce é essencial para o tratamento do transtorno do espectro autista. Quanto mais cedo o acompanhamento médico é iniciado, maiores as chances de a pessoa com autismo ter qualidade de vida.
O processo para detectar o autismo, contudo, pode ser um desafio, pois os sintomas variam em intensidade e gravidade, a depender de cada pessoa.
Além disso, muitas vezes as crianças com autismo e transtornos do desenvolvimento têm outras condições associadas, como dificuldades de aprendizagem ou quadros de saúde mental.
As pessoas com autismo precisam ter um acompanhamento médico cuidadoso e personalizado, com base nas necessidades individuais.
O tratamento do transtorno do espectro autista pode incluir terapia comportamental, terapia ocupacional, terapia da fala e medicamentos, se necessário.
Muitas famílias que têm criança com autismo enfrentam dificuldades ao lidar com a condição. Geralmente, elas se sentem perdidas e sobrecarregadas, sem saber lidar com os comportamentos da criança ou coma forma adequada que a ajude a se desenvolver melhor.
Por isso, o neuropediatra ressalta que o apoio à família é fundamental, com orientações e suporte emocional.
A idade limite para o diagnóstico precoce do transtorno do espectro autista ainda é uma questão em debate na comunidade médica.
SINAIS DE AUTISMO: QUAIS SÃO OS PRIMEIROS SINAIS DO AUTISMO?
Independentemente de faixa etária específica, recomenda-se que, diante de qualquer possível atraso observado, as famílias devem procurar um profissional especializado para início de uma investigação.
SINAIS DE AUTISMO: QUAL A IDADE QUE SE PERCEBE O AUTISMO?
Veja características de comunicação e interação social relacionadas ao transtorno do espectro autista:
- Evita ou não mantém contato visual
- Não responde ao nome aos 9 meses de idade
- Não mostra expressões faciais como feliz, triste, zangado e surpreso aos 9 meses de idade
- Faz poucos ou nenhum gesto aos 12 meses de idade (por exemplo, não dá tchau)
- Não compartilha interesses com outras pessoas aos 15 meses de idade (por exemplo, mostrar um objeto que eles gostam)
- Não aponta para mostrar algo interessante aos 18 meses de idade
Veja comportamentos ou interesses restritos ou repetitivos relacionadas ao transtorno do espectro autista:
- Alinha brinquedos ou outros objetos e fica chateado quando a ordem é alterada
- Repete palavras ou frases várias vezes
- Brinca com os brinquedos sempre da mesma forma
- Está focado em partes de objetos (por exemplo, rodas, e não no todo)
- Bate as mãos, balança o corpo ou girar em círculos
- Tem hipersensibilidade a sons, cheiros e texturas
Veja outras características relacionadas ao transtorno do espectro autista:
- Competências linguísticas atrasadas
- Habilidades de movimento atrasadas
- Habilidades cognitivas ou de aprendizagem atrasadas
- Comportamento hiperativo, impulsivo e/ou desatento