A cetoacidose diabética é uma complicação séria associada principalmente ao diabetes tipo 1, mas também pode ocorrer em casos graves de diabetes tipo 2.
Essa condição resulta de uma deficiência de insulina no organismo, levando a um aumento perigoso nos níveis de glicose no sangue e à formação excessiva de corpos cetônicos, ou seja, substâncias com grande quantidade de cetona.
As cetonas são substâncias ácidas que vão desequilibrar o Ph do sangue, ou seja, vão causar um desequilíbrio na composição sanguínea, que se não for tratado pode levar até ao coma e à morte.
O QUE É CETOACIDOSE DIABÉTICA?
A cetoacidose diabética é uma condição séria que pode ocorrer em pessoas com diabetes quando os níveis de açúcar no sangue ficam muito altos. Essa situação geralmente acontece devido à falta de insulina, um hormônio que ajuda as células a utilizar a glicose (açúcar) para obter energia.
Quando não há insulina suficiente, as células não conseguem usar a glicose, e o corpo começa a quebrar gorduras para obter energia. Esse processo leva à produção de substâncias chamadas corpos cetônicos. Quando os corpos cetônicos se acumulam no sangue, eles tornam o sangue ácido, causando a cetoacidose diabética.
Como os pacientes diabéticos tipo 1 não produzem insulina, a cetoacidose é uma complicação mais comum nestes pacientes. Mas nos pacientes com diabetes tipo 2 ela também pode ser vista, principalmente durante uma infecção ou quando os pacientes não aplicam corretamente as doses de insulina.
CAUSAS CETOACIDOSE DIABÉTICA
A principal causa da cetoacidose diabética é a falta de insulina, seja pela ausência na produção (como no diabetes tipo 1) ou pela resistência à insulina (em alguns casos de diabetes tipo 2).
Além disso, situações de estresse físico, como infecções graves, cirurgias ou traumas, podem desencadear a cetoacidose.
O estresse emocional também pode contribuir para o desenvolvimento dessa condição, exacerbando os desequilíbrios metabólicos.
COMO IDENTIFICAR CETOACIDOSE DIABÉTICA
Para identificar a cetoacidose diabética, fique atento aos sinais:
- boca seca,
- aumento do volume de urina,
- aumento dos níveis de glicose no sangue,
- mal-estar,
- vômitos,
- dor abdominal e
- hálito com cheiro de acetona (pois as cetonas no sangue podem causar este efeito).
PREVENÇÃO CETOACIDOSE DIABÉTICA
Para prevenir a cetoacidose diabética, alguns cuidados são importantes:
Monitoramento regular da glicose
Mantenha um monitoramento regular dos níveis de glicose no sangue, conforme recomendado pelo seu profissional de saúde. Isso ajuda a identificar e corrigir qualquer aumento nos níveis de glicose antes que atinjam níveis perigosos.
Administração adequada de insulina
Se você é dependente de insulina, siga rigorosamente o plano de administração prescrito pelo seu médico. Certifique-se de ajustar as doses conforme necessário, especialmente em situações de estresse, doença ou mudanças na rotina.
Alimentação saudável
Mantenha uma dieta balanceada, rica em fibras e com uma distribuição equilibrada de carboidratos, proteínas e gorduras. Isso ajuda a controlar os níveis de glicose no sangue.
Atividade física regular
A prática regular de exercícios físicos pode ajudar a controlar os níveis de glicose. Consulte seu médico antes de iniciar um novo programa de exercícios para garantir que seja seguro e adequado ao seu caso.
Hidratação adequada
Mantenha-se bem hidratado, especialmente durante episódios de doença ou estresse. A desidratação pode contribuir para o desenvolvimento da cetoacidose diabética.
Educação sobre diabetes
Compreenda a condição do diabetes, seus sintomas, fatores desencadeantes da cetoacidose e a importância de agir rapidamente diante de sinais de alerta. A educação contínua sobre o diabetes ajuda a tomar decisões informadas sobre o autocuidado.
Visitas regulares ao profissional de saúde
Mantenha consultas regulares com seu médico ou equipe de saúde para monitorar e ajustar o plano de tratamento conforme necessário. Discuta quaisquer preocupações ou alterações na sua condição de saúde.
Gestão de estresse
Encontre maneiras eficazes de gerenciar o estresse, pois situações estressantes podem afetar os níveis de glicose no sangue. Práticas como meditação, ioga ou atividades relaxantes podem ajudar.
Com informações do portal Sociedade Brasileira de Diabetes.