Pacientes diabéticos enfrentam diariamente a rotina de monitorar seus níveis de glicose no sangue, geralmente através da retirada de uma pequena quantidade de sangue, utilizando um medidor de glicemia.
Visando reduzir o desconforto e proporcionar praticidade, uma pesquisa conduzida pela UFG resultou no desenvolvimento de um sensor descartável para medição de glicose nas lágrimas.
Essa inovação permite que o paciente simplesmente encoste o sensor de papel descartável no olho para acompanhar instantaneamente suas taxas de glicose, eliminando a necessidade de perfurações no dedo.
GLICOSE: qual valor NORMAL e quando pode significar DIABETES?
O biossensor colorimétrico, concebido pela pesquisadora Ellen Flávia Moreira Gabriel durante seu doutorado no Laboratório de Microfluídica e Eletroforese do Instituto de Química (IQ) da UFG, foi patenteado pela instituição.
A intenção é integrar essa tecnologia ao Sistema Único de Saúde (SUS), uma vez que cada sensor tem um custo aproximado de dez centavos, representando um benefício significativo em comparação aos dispositivos de medição de glicemia e tiras descartáveis disponíveis atualmente no mercado, que são dispendiosos.
Ellen destaca o conforto adicional oferecido aos pacientes diabéticos, eliminando a necessidade de múltiplas punções no dedo ao longo do dia para monitorar a glicose. A pesquisa identificou uma correlação direta entre os níveis de glicose no sangue e nas lágrimas, validando a eficácia do sensor colorimétrico baseado em papel.
O sensor funciona de maneira semelhante aos testes de gravidez portáteis, proporcionando respostas tanto positivas quanto negativas, além de informações quantitativas. O objetivo futuro é explorar aplicações adicionais desse dispositivo em outras áreas clínicas, além de diabetes, como resposta às demandas geradas pela COVID-19 e outras condições de saúde.
Fonte: Jornal UFG