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DIABETES

Como saber se glicose está alta no sangue? Entenda exame de curva glicêmica

Exame de curva glicêmica é usado para detectar diabetes

Cadastrado por

Flávio Oliveira

Publicado em 02/02/2024 às 9:00
Cientistas desenvolvem "insulina inteligente" que regula níveis de glicose por até uma semana com uma única injeção
Cientistas desenvolvem "insulina inteligente" que regula níveis de glicose por até uma semana com uma única injeção - PIXABAY

Se você tem experimentado mal-estar ocasional e suspeita que possa estar relacionado ao diabetes, é fundamental buscar acompanhamento médico e realizar o exame de curva glicêmica. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Diabetes, metade dos indivíduos identificados em seus estudos desconhecia o diagnóstico da doença.

Antes de aprofundar sobre a importância desse exame, é crucial entender o que é glicemia. Essencialmente, glicemia refere-se à quantidade de glicose, também conhecida como açúcar, presente na corrente sanguínea.

A glicose é introduzida no sangue através da ingestão de alimentos ricos em carboidratos, como massas, pães, bolos e doces. Hormônios como insulina e glucagon regulam os níveis de glicose, buscando manter o equilíbrio no organismo.

Como é o exame de curva glicêmica?

O exame de curva glicêmica, também chamado de Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG), é uma das principais ferramentas laboratoriais para avaliação. Médicos frequentemente solicitam esse exame para diagnosticar diabetes, avaliar resistência à insulina e identificar outras alterações nas células pancreáticas.

O teste, realizado através de coleta de sangue, é crucial para diagnosticar diabetes mellitus ou diabetes gestacional, exibindo graficamente a presença de açúcar no sangue e demonstrando a velocidade de absorção do carboidrato.

O procedimento do exame pode durar até seis horas, dependendo do número de amostras de sangue necessárias. Após uma coleta inicial em jejum, a pessoa recebe uma dose padronizada de dextrosol, um xarope doce.

Em seguida, são realizadas novas coletas para avaliar como o organismo responde à elevada concentração de glicose. O teste clássico envolve três coletas em um intervalo de duas horas após a ingestão do xarope, proporcionando uma representação gráfica dos níveis de açúcar em cada momento.

No caso das gestantes, o TOTG é frequentemente incluído nos exames pré-natais para avaliar o risco potencial de desenvolvimento de diabetes gestacional. O teste é realizado de maneira semelhante, mas as coletas são feitas com a gestante deitada para evitar desconforto, sendo indicado entre a 24ª e 28ª semana de gestação.

Quais as taxas normais de glicemia?

Para que o resultado do exame seja considerado normal, espera-se que os níveis de glicose em jejum fiquem abaixo de 100 mg/dL, enquanto os níveis após a ingestão do xarope se mantenham até 140 mg/dL.

Valores entre 140 mg/dL e 199 mg/dL indicam uma diminuição da tolerância à glicose, enquanto valores acima de 200 mg/dL sugerem diabetes, cujo tratamento será orientado pelo médico.

É fundamental compreender também os conceitos de hipoglicemia e hiperglicemia para evitar o diabetes. A hipoglicemia, caracterizada por baixos níveis de glicose, pode ocorrer algumas horas após a alimentação, especialmente quando se consome alimentos rapidamente.

Já a hiperglicemia, associada a altos níveis de glicose no sangue, está frequentemente relacionada ao consumo excessivo de doces e carboidratos.

Ao se preparar para o exame, é recomendável manter a dieta habitual, sem restrição de carboidratos nas 72 horas anteriores, mas evitando o consumo de bebidas alcoólicas. Não é aconselhável utilizar laxantes na véspera do teste, e esforço físico no mesmo dia deve ser evitado. A primeira coleta, realizada em jejum, exige um período de 10 a 12 horas sem alimentação.

Fonte: Ramos Medicina Diagnóstica

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