Diante do aumento da incidência da dengue, é crucial estar ciente e reforçar todas as medidas de prevenção dessa doença, que pode manifestar sintomas como febre alta, dor de cabeça, náuseas, vômitos, fadiga, manchas vermelhas na pele e, em casos graves, sangramentos e até mesmo levar à morte.
Principais formas de prevenção da dengue
A principal estratégia para prevenir a dengue é reduzir a proliferação do mosquito Aedes aegypti, responsável por transmitir o vírus da doença. Para isso, é essencial eliminar os locais de reprodução do mosquito sempre que possível. Algumas orientações incluem:
- Manter reservatórios de água cobertos com tampas, telas ou capas, impedindo a deposição de ovos do mosquito Aedes aegypti;
- Evitar o acúmulo de água em pneus, latas, garrafas vazias ou calhas;
- Realizar a limpeza regular de caixas d'água.
Além disso, algumas medidas de proteção individual são importantes, especialmente em áreas de maior risco. É possível proteger as partes do corpo mais expostas, que são alvos potenciais do mosquito, utilizando roupas de mangas compridas e calças, por exemplo. O uso de telas mosquiteiras em portas, janelas e sobre a cama também é recomendado.
Vacinação contra a dengue
No final de dezembro, o Ministério da Saúde incluiu a vacina contra a dengue no SUS (Sistema Único de Saúde). Com essa medida, o Brasil se tornou o primeiro país do mundo a oferecer a vacina gratuitamente pelo sistema público de saúde.
A vacina, conhecida como Qdenga, foi aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em março de 2023 e está disponível em clínicas privadas desde julho do mesmo ano.
A vacina pode ser administrada em pessoas de 4 a 60 anos de idade, independentemente da exposição prévia à doença e sem a necessidade de teste prévio de imunidade.
O esquema de vacinação consiste em duas doses, com um intervalo de 90 dias entre elas. No entanto, a vacina é contraindicada para gestantes, lactantes, pessoas com imunodeficiência ou em tratamento imunossupressor.
O governo, conforme recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde), dará prioridade à vacinação contra a dengue em crianças e adolescentes de 6 a 16 anos.
Repelentes para prevenir a dengue
O uso de repelente também é uma forma eficaz de evitar as picadas do mosquito transmissor da dengue.
Segundo o Ministério da Saúde, os repelentes à base de DEET (N-N-dietilmetatoluamida), IR3535 ou Icaridina são os mais recomendados para prevenção. Esses tipos de repelente podem ser utilizados durante a gravidez, o que é particularmente importante, considerando que a gestação é um fator de risco para complicações da dengue.
Quanto às crianças, o uso de repelentes deve ser orientado por um médico. Para o restante da população, é importante seguir as instruções de uso fornecidas por cada fabricante.
*Com informações de CNN