Com informações da Estadão Conteúdo e do G1
Após a diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), um cenários de caos se estabeleceu em Brasília, Distrito Federal. Grupos em favor do presidente Jair Bolsonaro (PL) praticaram atos de vandalismo e entraram em confronto com a polícia, por volta das 22h dessa segunda-feira (12).
BRASÍLIA AGORA
A situação em Brasília, nesta terça-feira (13), está controlada. No momento não há registros de novos pontos de vandalismo.
Segundo o portal G1, por medida de segurança os ônibus da capital tiveram atraso de cerca de uma hora para sair das garagens nesta manhã, o que comprometeu o serviço. O serviço de transporte teve quatro dos veículos incendiados durante a noite.
O trânsito também foi prejudicado. A transição dos veículos na Esplanada dos Ministérios segue restrita nesta terça, de acordo com o G1.
O QUE ESTÁ ACONTECENDO EM BRASÍLIA?
Manifestantes que apoiam o presidente Jair Bolsonaro invadiram a sede da Polícia Federal em Brasília após a prisão do indígena José Acácio Serere Xavante, decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Segundo a PM, os manifestantes colocaram fogo em carros e ônibus. Inicialmente a invasão na PF foi controlada por unidades da Polícia Militar que estava no local, mas o protesto tomou grandes proporções.
O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Júlio Danilo, afirmou que uma parcela dos autores dos ataques de vandalismo também fazem parte de um acampamento que se alojou em frente ao Quartel General do Exército. Ainda segundo ele, a permanência deles no QG será reavaliada.
"Parte desses manifestantes, a gente não pode garantir que são todos que estejam lá porque alguns podem residir inclusive na cidade e em outros locais, mas parte realmente estava no QG, no acampamento, e participaram desses atos. Quem for ali identificado será responsabilizado", declarou Danilo.
ACAMPAMENTO BOLSONARISTA EM BRASÍLIA
Desde a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apoiadores do atual governo tem acampado no local e em outros prédios vinculados aos militares em diversas cidades do País.
Sem aceitar a vitória do petista, apoiadores radicais do atual presidente insistem em pedir um golpe das Forças Armadas para impedir que Lula assuma o governo.
"A questão da manutenção ou não do acampamento vai ser reavaliada", declarou o secretário em entrevista coletiva ao lado do senador eleito Flávio Dino (PSB-MA), futuro ministro da Justiça, e do delegado Andrei Passos, coordenador da equipe de segurança de Lula e futuro chefe da Polícia Federal.
Apesar da sinalização de que o acampamento pode ser desmontado, Júlio Danilo admite que a ação das polícias do DF tem uma limitação:
"Esse acampamento se encontra em uma área militar, sob jurisdição militar, e todo ato de atuação e intervenção tem que ser em coordenação com as Forças Armadas, no caso lá o Comando do Exército". Danilo afirmou que os militares "têm colaborado e têm tentado organizar".
CACÍQUE PRESO EM BRASÍLIA
José Acácio Serere Xavante, conhecido como Cacique Serere, cuja prisão temporária motivou os atos de vandalismo, gravou um pronunciamento dirigindo-se aos manifestantes.
Serere foi preso por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes devido a indícios "da prática dos crimes de ameaça, perseguição e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, previstos no Código Penal".
Em vídeo enviado para jornalistas nessa segunda-feira (12), Serere pede aos manifestantes que não entrem em "briga ou confronto com a autoridade policial". O líder indígena declara que os episódios da segunda-feira não podem continuar a ocorrer.
"Eu estou em paz e quero pedir (...) que os senhores não venham fazer conflito, briga ou confronto com a autoridade policial", disse o homem filiado ao Patriota.
BRASÍLIA PEGANDO FOGO
Nas redes sociais, fotos e vídeos estão sendo compartilhados de fogo colocado por manifestantes nas ruas de Brasília na noite dessa segunda-feira (12).