Notícias sobre segurança pública em Pernambuco, por Raphael Guerra

Segurança

Por Raphael Guerra e equipe
INVESTIGAÇÃO

ALEXANDRE DE MORAES: Servidores do Poder Judiciário podem estar envolvidos no falso mandado de prisão do ministro do STF

Corregedoria Nacional de Justiça instaurou processo para apurar o uso indevido de credencial de acesso ao Banco Nacional de Monitoramento de Prisões

Cadastrado por

Raphael Guerra

Publicado em 06/01/2023 às 10:19
Ministro Alexandre de Moraes, do STF - ALEJANDRO ZAMBRANA/TSE

O falso mandado de prisão expedido contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes levou a Corregedoria Nacional de Justiça a instaurar processo para apurar o uso indevido de credencial de acesso ao Banco Nacional de Monitoramento de Prisões.

O processo foi aberto pelo corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão. Após detectar o problema no banco, o CNJ restringiu o acesso ao sistema.

"Trata-se de fato que atenta contra a autoridade de Ministro da Corte Suprema, além da possível violação das barreiras de segurança de relevante sistema informático do Poder Judiciário", citou Salomão.

A Corregedoria considera que, embora ideologicamente falso, o documento foi gerado no sistema do Banco Nacional de Monitoramento de Prisões, "o que pode indicar possível participação de servidores do Poder Judiciário".

MANDADO DE PRISÃO CONTRA ALEXANDRE DE MORAES

Mandado de prisão falso contra Alexandre de Moraes. - Reprodução

O mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes foi emitido como se ele próprio tivesse assinado. 

"Expeça-se o mandado de prisão em desfavor de mim mesmo, Alexandre de Moraes. Publique-se, intime-se e faz o L", diz parte do falso mandado.

O texto também coloca litigância de má-fé como motivo da "condenação", fazendo referência à ação do ministro em aplicar uma multa de R$ 22,9 milhões ao PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, por contestar sem provas a segurança do processo eleitoral.

"Sem me explicar, porque sou como um deus do Olimpo, defiro a petição inicial, tanto em razão da minha vontade como pela vontade extraordinária de ver o Lula continuar na presidência", afirmou a ordem fraudulenta.

A Polícia Federal apura se houve um ataque hacker nos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

 

Tags

Autor

Veja também

Webstories

últimas

VER MAIS