Pelo menos dez militares e 19 supostos criminosos foram mortos durante a operação, na quinta-feira (5), para prender Ovidio Guzmán, filho do traficante de drogas preso Joaquín "El Chapo" Guzmán. As informações são da AFP.
"Dez soldados (...) infelizmente perderam a vida no cumprimento de seu dever", disse o secretário da Defesa, Luis Cresencio Sandoval, à imprensa, acrescentando que "também foram contabilizadas 19 mortos por infratores".
Outros 35 soldados foram baleados e estão recebendo atendimento hospitalar, enquanto 21 pistoleiros foram presos.
Não se tem informações de civis inocentes entre as vítimas fatais.
PRISÃO DO FILHO DE EL CHAPO NO MÉXICO
Ovidio foi capturado pelo Exército e pela Guarda Nacional do México sob as acusações de liderar a "facção Los Menores, ligada ao Cartel do Pacífico", declarou o secretário da Defesa.
A prisão acontece quatro dias antes da chegada ao México do presidente americano, Joe Biden, cujo país oferecia 5 milhões de dólares pela captura do filho de El Chapo, conhecido como 'El Ratón'.
Biden vai ao México para participar da Cúpula de Líderes da América do Norte, com reuniões previstas na segunda e na terça-feira na capital, para onde Ovidio foi transferido em um avião da Força Aérea.
O Cartel de Sinaloa
O Cartel de Sinaloa - também conhecido como Cartel do Pacífico - é considerado pela agência antidrogas dos Estados Unidos, a DEA, como o principal responsável pelo tráfico de fentanil, droga 50 vezes mais potente que a heroína e que tem sido responsável por inúmeras mortes de overdose no país.
O filho de El Chapo já havia sido detido em 17 de outubro de 2019 em Culiacán, mas foi libertado por ordem do presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, em meio ao caos provocado pela organização criminosa após sua captura.