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Segurança

Por Raphael Guerra e equipe
STF

Alexandre de Moraes inclui Bolsonaro em inquérito sobre atos golpistas em Brasília

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para incluir o ex-presidente Jair Bolsonaro no inquérito que apura a autoria intelectual dos atos golpistas em Brasília

Cadastrado por

Amanda Azevedo

Publicado em 13/01/2023 às 23:06 | Atualizado em 13/01/2023 às 23:08
Alexandre Moraes, ex-ministro da Justiça e hoje ministro da Supremo Tribunal Federal - CARLOS ALVES MOURA/SCO/STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes aceitou, nesta sexta-feira (13), o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para incluir o ex-presidente Jair Bolsonaro no inquérito que apura a autoria intelectual dos atos golpistas em Brasília, no dia 8 de janeiro. As informações são da Agência Brasil. 

Moraes entendeu que há indícios para abertura da investigação contra o ex-presidente.

“O pronunciamento do ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro se revelou como mais uma das ocasiões em que o então mandatário se posicionou de forma, em tese, criminosa e atentatória às Instituições, em especial o STF – imputando aos seus ministros a fraude das eleições para favorecer eventual candidato – e o TSE–, sustentando, sem quaisquer indícios, que o resultado das Eleições foi fraudado", escreveu o ministro.

Moraes também determinou a realização de diligências, como envio de pedido de informações à Meta, empresa que administra o Facebook, para preservar o vídeo, que foi apagado, além do fornecimento de dados sobre alcance da postagem, autoria da publicação, número de compartilhamentos e de comentários.

O ministro também quer a oitava de especialistas em comunicação de politica de movimentos extremistas e em monitoramento de grupos de apoiadores de Bolsonaro.

Funcionários do Palácio do Planalto fazem limpeza após invasão bolsonarista - CARL DE SOUZA / AFP
'As Mulatas', de Di Cavalcanti', foi danificada em ataque de terroristas bolsonaristas ao Planalto - CARL DE SOUZA / AFP
Palácio do Planalto após terrorismo bolsonarista - CARL DE SOUZA / AFP
Palácio do Planalto após terrorismo bolsonarista ficou destruído - CARL DE SOUZA / AFP
Destruição no Palácio do Planalto - CARL DE SOUZA / AFP
Centenas de pessoas foram presas por invasão bolsonarista em Brasília - AFP
Bolsonaristas que forem identificados serão processados e poderão ser obrigados a pagar indenizações por prejuízos causados em Brasília - SERGIO LIMA / AFP
Bolsonaristas usaram camisas da Seleção Brasileira durante invasão criminosa a prédios públicos em Brasília - SERGIO LIMA / AFP

Por fim, Moraes deixou de analisar o pedido para o ex-presidente prestar depoimento porque Bolsonaro está nos Estados Unidos.

Defesa de Bolsonaro

Em nota, o advogado Frederick Wassef declarou que Bolsonaro não tem relação com as manifestações e que repudia veementemente os atos de vandalismo.

“O presidente Jair Bolsonaro sempre repudiou todos os atos ilegais e criminosos, e sempre falou publicamente ser contra tais condutas ilícitas, assim como sempre foi um defensor da Constituição e da democracia. Em todo o seu governo, sempre atuou dentro das quatro linhas da Constituição”, declarou a defesa.

PGR

A PGR argumentou que Bolsonaro teria feito a incitação pública ao crime ao publicar um vídeo nas redes sociais, no dia 10 de janeiro, que tinha como tema o questionamento da regularidade das eleições de 2022.

Na petição, a procuradoria argumenta que Bolsonaro teria feito a incitação pública ao crime ao publicar um vídeo nas redes sociais, no dia 10 de janeiro, que tinha como tema o questionamento da regularidade das eleições de 2022.

No entendimento do subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, a conduta deve ser apurada por ter ocorrido após os atos contra a sede dos Três Poderes.

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