A estudante de jornalismo Janaína da Silva Bezerra, de 22 anos, foi encontrada morta na Universidade Federal do Piauí (UFPI), na manhã desse sábado (28), após participar de uma calourada.
Segundo o portal UOL, um laudo do Instituto de Medicina Legal do Piauí apontou indícios de violência sexual. Além dosso, informou que a causa da morte foi um "trauma raquimedular [lesão na medula] por ação contundente".
Um homem que estava com a vítima foi preso sob suspeita de feminicídio e estupro. Segundo a Polícia Civil, o rapaz afirmou que já teria "ficado" com Janaína outras vezes.
Em depoimento, o homem afirmou que, por volta das 2h, chamou a estudante para sair da calourada e ir a uma sala da universidade, onde teriam, segundo ele, praticado sexo consensual, e que "após a prática sexual, a vítima teria ficado desacordada".
A Polícia Civil pediu a prisão preventiva do suspeito. Segundo o DHPP, o inquérito policial será concluído em até 10 dias.
Em nota, o Diretório Central dos Estudantes do DCE UFPI informou que a estudante foi encontrada desacordada por um profissional da instituição no Centro onde fica o DCE e foi encaminhada ao hospital.
Veja a nota do DCE UFPI:
"O Diretório Central dos Estudantes da UFPI (DCE UFPI) vem por meio desta nota tornar público a confirmação de falecimento de uma estudante nas dependências da Universidade Federal do Piauí (UFPI) hoje (27).
A Direção da atual Comissão Gestora tomou conhecimento por informações nas redes sociais nesta manhã e logo em seguida entrou em contato com a Universidade para confirmação do ocorrido.
No entanto, ainda não há informações sobre identidade da vítima, sobre as circunstâncias do ocorrido ou quaisquer informações que elucidem a causa da morte.
As informações iniciais que temos é que hoje, pela manhã, a vítima, estudante de Jornalismo da UFPI, foi encontrada desacordada por um profissional da instituição e, logo em seguida, encaminhada para o hospital. A ocorrência foi feita dentro do Centro onde fica o DCE.
As calouradas que ocorrem no espaço em frente ao DCE é cedida pelo Diretório para que os estudantes, centros acadêmicos (CAs) e coletivos que compõe a Universidade possam ter uma forma de integração entre cultura e arte ao ensino, como também autofinanciamento coletivo dos Estudantes para subsidiar projetos estudantis.
O debate de segurança na UFPI, embora lamentavelmente tenha chegado a esse ponto, não é novidade para o DCE. No último ano (2022), nós, junto com os CAs, buscamos fomento de iniciativas que garantissem minimamente segurança dentro do Campus Ministro Petrônio Portela.
No final do ano, em debate de semanas, conseguimos uma Comissão para dar início neste ano o atendimento a estudantes que sofrem com assédio na Universidade. Temos nítido, no entanto, que esse não é o máximo que a Administração Superior possa fazer para sanar a situação que ocorre hoje, sabemos que o debate de segurança na Universidade passa por um debate patrimônio e não de vida dos estudantes, e também que esse debate não acontece só na Universidade, mas no mundo que é cercado por uma super estrutura de violência.
O DCE se coloca a disposição para ajudar no que for preciso a família da vítima e também presta solidariedade aos amigos e a todo o corpo estudantil.
Nesse momento tão triste, de luto coletivo, nós estamos comprometidos em fazer todos os debates necessários para que nossa Universidade seja segura para todo o corpo estudantil"
*Com informações do G1 e UOL