A Polícia Federal deflagrou operação, nesta quarta-feira (22), para tentar prender integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Investigações apontaram que o grupo tinha planos de sequestrar e matar o senador Sergio Moro, além da esposa e do filho dele.
Moro é ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro. No período em que esteve à frente da pasta, determinou várias transferências de presos - inclusive de integrantes do PCC - o que pode ter relação com o plano violento contra ele.
Outros agentes públicos também seriam vítimas de ações violentas do PCC, segundo apontam as investigações da Polícia Federal.
O portal Metrópoles revelou que outro alvo do PCC era o promotor de Justiça Lincoln Gakiya. A facção criminosa planejou o crime após o promotor pedir à Justiça a transferência de Marcola de São Paulo para um presídio federal, em 2018.
Marcola é o líder do PCC e um dos homens mais perigosos do País. Em 2019, ele foi transferido para a Penitenciária Federal de Brasília.
OPERAÇÃO DA PF CONTRA GRUPO QUE IRIA MATAR SÉRGIO MORO; ÚLTIMAS NOTÍCIAS
A Polícia Federal divulgou que a operação batizada de "Sequaz" tenta cumprir 11 mandados de prisão - sete preventivas e quatro temporárias - em Mato Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo e Paraná. Além disso, o efetivo vasculha 24 endereços ligados a investigados.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, comentou a operação nas redes sociais:
Os integrantes do PCC, segundo a investigação, pretendiam atacar servidores públicos e autoridades, planejando homicídios e extorsão mediante sequestro em quatro Estados e no Distrito Federal.
SERGIO MORO: PF prende INTEGRANTES DO PCC que PLANEJAVAM MATAR AUTORIDADES
SÉRGIO MORO COMENTA OPERAÇÃO CONTRA PCC
Nas redes sociais, o ex-ministro da Justiça e atual senador Sergio Moro agradeceu a atuação das forças de segurança, afirmando que ele e sua família estariam entre os alvos de "planos de retaliação do PCC".
De acordo com a PF, o nome da operação, "Sequaz", faz referência "ao ato de seguir, vigiar, acompanhar alguém". O termo foi utilizado em razão do "método utilizado pelos criminosos para fazer o levantamento de informações as possíveis vítimas", diz a corporação.
Com informações da Estadão Conteúdo