Os dois policiais militares que foram filmados agredindo uma mulher no município de Primavera, na Zona da Mata Sul de Pernambuco, serão afastados provisoriamente das ruas.
A decisão foi tomada pela secretária de Defesa Social, Carla Patrícia Cunha, nesta segunda-feira (17), um dia após o vídeo com as cenas de violência policial viralizar nas redes sociais.
Nas imagens, a vítima de 25 anos, cujo nome será preservado, aparece levando socos no rosto ao lado de uma viatura policial.
O Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (Gajop) repudia a violência machista de agentes da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE), cometida no dia 16 de abril, contra uma mulher, no município de Primavera (PE).
A partir das imagens disponibilizadas não houve, por parte da vítima, nada que levasse os policiais a agirem daquela maneira e naquela proporção. Ao que parece, não foram respeitados os protocolos referentes ao uso progressivo e seletivo da força.
Em Pernambuco, há uma escalada de casos dessa natureza. É inadmissível que agentes do Estado tenham condutas como essa, sobretudo quando veladas pelo machismo, racismo e demais formas de descriminação.
Deve-se haver uma rigorosa investigação que, de forma transparente e com a garantia do amplo direito de defesa, determine a responsabilização administrativa e criminal dos envolvidos no episódio.
Faz-se também necessário e urgente a implementação de medidas, por parte da Secretaria de Defesa Social (SDS/PE), no âmbito do poder executivo, no sentido de evitar esse tipo de comportamento.
Deste modo, comprometendo-se a rever padrões de abordagem, revisitar processos formativos e protocolos de atuação que visem coibir atitudes arbitrárias e covardes.
Além de ter sofrido a violência física, a vítima ainda enfrentou dificuldades para registrar a ocorrência, devido à informações incompletas repassadas por agentes da Polícia Civil (PE).
O Gajop se solidariza com a vítima e já se colocou à disposição para prestar assessoria jurídica gratuita, bem como, acompanhá-la em todas as etapas do processo investigatório da Corregedoria. ENTIDADE DE DIREITOS HUMANOS REPUDIA VIOLÊNCIA POLICIAL