Se já não bastassem a pressão por metas e o excesso de trabalho - inclusive em dias de folga -, policiais militares de Pernambuco ainda convivem com as péssimas condições nas sedes de companhias independentes ligadas aos batalhões. Nas cidades do interior a situação é ainda pior, segundo relatos dos profissionais da segurança.
Imagens recebidas pela coluna Segurança mostram um cenário de caos e abandono na 3ª Companhia Independente do 21º Batalhão da Polícia Militar, que fica no município de Escada, na Mata Sul do Estado.
Infiltrações e rachaduras nas paredes, ar-condicionado com vazamento, colchões rasgados e policiais dormindo no chão. A falta de estrutura e de manutenção é tão grave que a sede da 3ª Companhia lembra até os presídios pernambucanos.
A coluna solicitou uma resposta da Polícia Militar de Pernambuco sobre as condições do imóvel, mas não teve resposta até a publicação deste texto. Se houver, será atualizado.
Além da falta de estrutura física nos batalhões e companhias independentes, a Polícia Militar de Pernambuco conta com o menor número de efetivo de sua história - segundo o próprio governo do Estado. Atualmente, há pouco mais de 16 mil policiais na ativa, enquanto o ideal seria ter pelo menos 27 mil.
Existe a promessa de realização de concurso público para diminuir o déficit, mas nem mesmo o edital foi anunciado ainda.