Problema antigo e alvo de muitas reclamações, os veículos apreendidos e parados nas delegacias e depósitos de unidades policiais de Pernambuco serão removidos e leiloados. O anúncio foi feito pela Secretaria de Defesa Social, após um convênio firmado entre a Polícia Civil e o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-PE).
A polícia estima que cerca de 7 mil veículos - a maioria carros e motos - estejam parados e aptos para serem recolhidos, avaliados e vendidos para que o dinheiro arrecado seja revertido no pagamento de débitos pendentes e taxas. O restante será destinado a investimentos para a Polícia Civil no combate aos crimes.
A grande quantidade de veículos parados em estacionamentos e pátios de delegacias é um problema que existe há anos e que as gestões anteriores não conseguiram solucionar. Policiais civis e até pessoas que vivem perto desses estacionamentos sempre reclamaram que os carros e motos amontoados geravam acúmulo de água, presença de animais, e podiam provocar doenças, como a dengue.
"Essa é uma demanda histórica da nossa Polícia Civil que, através desta parceria com o Detran-PE, permitirá que sejam recolhidos veículos, do Litoral ao Sertão, que não tenham vínculos processuais e que estão nas delegacias", disse a chefe da Polícia Civil de Pernambuco, Simone Aguiar.
Não foi divulgado um prazo estimado para que todos os veículos sejam retirados das unidades policiais.
A assinatura do Acordo de Cooperação Técnica e Administrativa entre os órgãos para aprimorar e agilizar a alienação administrativa de bens apreendidos não vinculados a procedimentos criminais foi realizada nessa quinta-feira (13).
A Polícia Civil informará ao Detran todos os detalhes dos carros, motos, caminhões e demais veículos para que seja procedida a alienação dos bens. Já o Detran promoverá a remoção dos veículos e, posteriormente, organizará e executará, na forma da lei, leilões para a venda deles.