Com custo milionário, o aparelho de tomografia adquirido em 2022 pela Secretaria de Defesa Social (SDS) continua parado em um galpão no bairro de Santo Amaro, área central do Recife. O equipamento foi adquirido para ser usado, no Instituto de Medicina Legal (IML), na realização de exames de vítimas de violência.
A SDS havia dito que as obras da sala específica para receber o tomógrafo seriam finalizadas até o final de junho, mas o prazo não foi cumprido. Agora, a nova estimativa é de que os profissionais da Polícia Científica possam usar o equipamento até o final do último trimestre deste ano. "Aguarda-se também a chegada da subestação elétrica para o equipamento poder ser ligado", disse a pasta, em nota.
O equipamento de alta tecnologia, que custou cerca de R$ 1,5 milhão, deve garantir a realização de exames de raio-x computadorizado, com imagens de melhor qualidade, para identificar os projéteis de bala nos corpos.
Somente no primeiro semestre de 2023, a polícia somou 1.451 ocorrências de pessoas assassinadas por uso de arma de fogo em Pernambuco. O número representa 81% de todas as mortes violentas registradas nesse período no Estado - o que demonstra o quanto o tomógrafo é necessário ao trabalho dos profissionais envolvidos com exames periciais.
MANUTENÇÃO DEVE CUSTAR R$ 48 MIL POR MÊS
A coluna Segurança apurou que, só para manutenção preventiva e corretiva do aparelho de tomografia (como a reposição de peças), a SDS precisará gastar em média R$ 48 mil por mês. Procurada, a pasta confirmou que já iniciou o trâmite administrativo para contratação de empresa técnica que será responsável pelo serviço.
"Reiteramos que considera-se obrigatório que equipamentos desse nível técnico em radiologia sejam submetidos a manutenções regulares preventivas e corretivas para o perfeito funcionamento e segurança da equipe", informou.