Em um mês, 5 agressores foram presos por descumprimento de medidas protetivas no Grande Recife

Com aumento dos feminicídios em Pernambuco no 1º semestre, prisões reforçam que mulheres podem precisam procurar ajuda para quebrar ciclo de violência

Publicado em 10/07/2024 às 10:48 | Atualizado em 10/07/2024 às 11:15

Não basta só denunciar. Em muitos casos, a medida protetiva é necessária para evitar que a mulher volte a sofrer violência. E isso fica ainda mais comprovado a partir do balanço divulgado pela Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP) nesta quarta-feira (10). Em apenas um mês, homens acusados de violência doméstica foram capturados no Grande Recife porque descumpriram as medidas protetivas.

Das cinco capturas, duas ocorreram após as vítimas acionarem o botão do pânico, por meio da Unidade Portátil de Rastreamento (UPR), reforçando a importância da ferramenta para agilizar o pedido de socorro. Em outros dois casos, as mulheres acionaram, por telefone, o Centro de Monitoramento Eletrônico de Pessoas (Cemep). Um número específico (0800.643.5508) é fornecido às vítimas de violência doméstica no momento em que as medidas protetivas são autorizadas. Além de gratuito, o atendimento funciona 24 horas. 

FRANCI ALMEIDA/SEAP
Botão do pânico é fundamental para pedido de ajuda em caso de aproximação do agressor - FRANCI ALMEIDA/SEAP

"Sempre que o monitorado estiver usando a tornozeleira eletrônica em razão de violência doméstica, a vítima tem a possibilidade de buscar, junto à Secretaria da Mulher, a UPR. Dessa forma, o nosso centro de monitoramento poderá rastrear o agressor e a vítima ao mesmo, identificando a proximidade dele e efetuando a prisão em flagrante", reforçou o secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização, Paulo Paes. 

NÚMEROS DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER SÃO PREOCUPANTES

Somente no primeiro semestre deste ano, 26.646 queixas de violência doméstica/familiar foram registradas pela polícia em Pernambuco. A média diária é de 148 denúncias. 

Outra preocupação é em relação ao número de feminicídios no Estado. Oficialmente, 37 mulheres perderam a vida no primeiro semestre. O aumento foi de 15,6% em relação ao mesmo período do ano passado, quando 32 casos foram contabilizados. 

As prisões registradas pela SEAP, no último mês, reforçam a importância de as mulheres procurarem ajuda o quanto antes para quebrarem o ciclo de violência. Em casos de urgência, as vítimas podem acionar o número 190, da Polícia Militar

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