Deolane presa: veja o que foi apreendido em megaoperação da Polícia Civil
Operação de Repressão Qualificada Integration investiga jogos ilegais e lavagem de dinheiro e fez apreensões na manhã desta quarta-feira
Na operação da Polícia Civil de Pernambuco que prendeu a advogada e influenciadora digital Deolane Bezerra, na manhã desta quarta-feira (4), foram apreendidos bens como carros de luxo, imóveis, joias, aeronaves e embarcações, e dinheiro.
A operação investiga a prática de jogos ilegais e lavagem de dinheiro. Ao todo, 19 mandados de prisão estão sendo cumpridos no Recife, em Campina Grande, Paraíba, em Barueri, São Paulo, em Cascavel e Curitiba, Paraná, e em Goiânia, Goiás.
De acordo com a Polícia Civil, além dos mandados de prisão, estão sendo outras medidas cautelares, como o bloqueio de ativos financeiros no valor de mais de R$ 2,1 bilhões, entrega de passaporte, suspensão de porte de arma de fogo e cancelamento de registro de arma de fogo.
Em Pernambuco, o material apreendido seguiu para o Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri). A investigação foi iniciada em abril de 2023.
CEO DA EMPRESA BET ESTÁ SENDO PROCURADO PELA POLÍCIA
O empresário Darwin Henrique da Silva Filho, CEO da empresa bet investigada pela polícia, está sendo procurado pela Polícia Civil. O mandado de prisão não foi cumprido porque ele não estava na residência, em Boa Viagem.
O advogado do empresário, Pedro Avelino, afirmou que o mandado de prisão "causou estranheza".
"A gente não teve acesso ainda à medida cautelar. A gente só vai poder falar quando tiver acesso aos autos. Há um ano e meio Darwin se colocou à disposição para prestar esclarecimentos. A gente vê esse pedido de prisão com muita estranheza porque em nenhum momento ele foi intimado para prestar depoimento", afirmou Avelino.
Segundo o advogado, o empresário está viajando a trabalho e não pretende se apresentar à polícia. "Ele não está no Recife porque viaja toda semana."
INVESTIGAÇÃO CONTA COM APOIO FEDERAL
As investigações foram assessoradas pela Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Pernambuco (DINTEL) e pelo Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro (LAB/LD), e tiveram apoio do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), da Organização Internacional de Polícia Criminal (INTERPOL), do Comando de Operações e Recursos Especiais da Polícia Civil de Pernambuco (CORE/PCPE), do Corpo de Bombeiros Militar, do Grupamento Tático Aéreo (GTA/SDS-PE) e das Polícias Civis dos estados de São Paulo, Paraná, Paraíba e Goiás.