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Bobby Vee (1943/2016)

Publicado em 24/10/2016 às 20:54
Bobby Vee
Foto: Bobby Vee
Bobby Vee Bobby Vee Bobby Vee, músico falecido hoje, nos EUA, em conseqüência de Alzheimer, aos 73 anos, foi um dos cantores de música pop mais bem sucedidos no começo do anos 60. Sua carreira decolou, em 1959, quando Buddy Holly morreu, e começou a declinar em 1964, quando aterrissou nos Estados Unidos um rolo compressor inglês chamado The Beatles. A carreira profissional de Bobby Vee começou exatamente em 3 de fevereiro de 1959, conhecido nos anais do rock como “O dia em que música morreu”. Nesta data o avião que levava Buddy Holly, The Big Bopper e Richie Valens, caiu num milharal no estado de Iowa. Holly era o ídolo de Robert Velline, nome real de Bobby Vee, então com 15 anos, que morava em Fargo, no Dakota do Norte. Ele acabara de formar uma banda com o irmão e um amigo, e aguardava, ansioso, aquele 3 de fevereiro para assistir ao seu primeiro concerto de rock. Buddy Holly e Big Bopper eram as atrações com Dion and the Belmonts. A emissora de rádio de Fargo passou a perguntar se existia algum grupo de rock na cidade disposto a substituir o astro que morreu. Roberto Velline ofereceu seu recém-formado trio, batizado rapidamente de The Shadows. Velline sabia todas as músicas de Buddy Holly. Os garotos foram tão bem sucedidos na estreia num palco que um produtor se ofereceu para empresariá-los. Em junho Velline já estava com o primeiro compacto tocando no rádio, com Suzy Baby, lançada como Bobby Vee, seu novo nome artístico. DYLAN E BEATLES Suzy Baby foi um sucesso regional, mas grande o suficiente para levar um pianista de 18 anos, que morava no estado de Minnesota, a se oferecer para tocar no grupo de Bobby Vee. O pianista, que disse se chamar Elston Gunn, participou de alguns shows com Vee, mas não ficou na banda. Elston Gunn era o pseudônimo de Robert Allen Zimmerman, que dali a quatro anos gravaria como Bob Dylan. Bobby Vee foi ídolo na fase inocente do rock and roll, formado por adolescentes, que gravavam uma música bem feita, simples, e de temas prosaicos. Canções criadas no Brill Building, uma fábrica de sonhos sonoros, linha de montagem plantada em Manhattan, no centrão de Nova Iorque. Quando os Beatles reinventaram o rock com guitarras estridentes, pelo menos para a época, energia juvenil, mas anárquica, astros bem comportados, de sorrisos perfeitos, e cabelos curtos e bem penteados, como Fabian, Bobby Dakin, John Tillotson, Ray Peterson, Neil Sedaka, Paul Anka, sairiam de linha. Bobby Vee emplacou um único primeiro lugar no paradão da Billboard com Take Good Care of My Baby (Carole King/Gerry Goffin), em setembro de 1961. A canção foi incorporada ao repertório de palco de um quarteto inglês de Liverpool, The Beatles. Foi um dos números que escolheram para o teste que fariam na Decca, em 1962. Não passaram no teste.  A fita do teste vazou e virou disco pirata que circula até hoje em vinil, CD ou e formato digital. Então em 1964, o sonho acabou para os roqueiros da geração de Bobby Vee.  Os Beatles invadiram os Estados Unidos e acabaram com a inocência no rock and roll. Bobby Vee saiu de linha, assim como saíram, entre outros, Bobby Vinton, Fabian, Dion and the Belmonts, Johnny Tillotson, Annette Funicello. Vee começou a sofrer de Alzheimer há quatro anos, quando se aposentou dos palcos. Em junho de 2013, Bob Dylan, que dedica alguns parágrafos a ele no livro Crônicas Volume 1, prestou uma homenagem a Bobby Vee cantando Suzy Baby, no Midway Stadium, em St. Paul, no Minnesota. Confiram Bobby Vee, em Take Good Care of My Baby (1961): https://www.youtube.com/watch?v=0LKk_wJsnPU    
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