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LITORAL SUL

Paraíso particular: Ilha de Santo Aleixo é redescoberta pelos pernambucanos

O pequeno pedaço de terra de origem vulcânica, entre Porto de Galinhas e Carneiros, é ideal para se desligar do mundo por um dia, em um cenário de areias brancas, águas cristalinas e uma calmaria cada vez mais rara nas praias do continente

Mona Lisa Dourado
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Mona Lisa Dourado
Publicado em 14/12/2020 às 8:00
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Ilha faz parte da Área de Preservação Ambiental de Guadalupe - FOTO: MONA LISA DOURADO/JC

As restrições a viagens para destinos mais distantes, por causa da pandemia da covid-19, têm feito os pernambucanos valorizarem o próprio território. Um dos lugares que entraram nessa rota de redescobertas é a Ilha de Santo Aleixo, no Litoral Sul. O pequeno pedaço de terra de origem vulcânica, entre Porto de Galinhas e Carneiros, é ideal para se desligar do mundo por um dia, em um cenário de areias brancas, águas cristalinas e uma calmaria cada vez mais rara nas praias do continente.

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Ilha tem cerca de 30 hectares - DIVULGAÇÃO
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Lanchas levam de cinco a sete minutos para fazer trajeto a partir de Barra de Sirinhaém. - MONA LISA DOURADO/JC
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Caminho de areia permite trânsito entre dois lados da ilha - DIVULGAÇÃO
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Esquilos introduzidos irregularmente se adaptaram ao ambiente tropical - MONA LISA DOURADO/JC
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Os franceses empreenderam na ilha sua primeira invasão ao Brasil, deixando de legado o nome do território (Île SaintAlexis), antes de serem expulsos pelos portugueses, em 1521 - EDY FERNANDES/DIVULGAÇÃO
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Infraestrutura turística se resume a quatro barracas pé na areia - MONA LISA DOURADO/JC
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Pôr do sol é presente de despedida ao fim do dia - MONA LISA DOURADO/JC
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Belezas naturais estão por toda parte - MONA LISA DOURADO/JC
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Ilha tem origem vulcânica - MONA LISA DOURADO/JC
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Do alto, fica mais evidente o contraste entre a aridez das pedras ardósia, o azul do oceano e o verde do coqueiral - MONA LISA DOURADO/JC
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Mirantes naturais descortinam belas panorâmicas - MONA LISA DOURADO/JC
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Piscina de ostras é uma das atrações do mar de fora, onde as águas são mais frias e bravias - MONA LISA DOURADO/JC
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Ilha é uma propriedade privada que se encontra em processo de inventário na Justiça, ainda sem destino definido - MONA LISA DOURADO/JC
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Ilha faz parte da Área de Preservação Ambiental de Guadalupe - MONA LISA DOURADO/JC
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No passado, Santo Aleixo foi palco de disputas entre colonizadores europeus - MONA LISA DOURADO/JC
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Ilha tem águas calmas e mornas - MONA LISA DOURADO/JC
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Praia da Ferradura é como uma baía de mar tranquilo - MONA LISA DOURADO/JC
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Monteiros Tour promove passeios a partir de Barra de Sirinhaém - DIVULGAÇÃO

A estrutura turística se resume a quatro barracas de praia, com espreguiçadeiras e guarda-sóis. Não há hotéis, pousadas nem restaurantes. Mas fique tranquilo porque de fome ninguém há de sofrer. Um providencial bar flutuante prepara petiscos e pratos como a cioba frita, servidos à beira-mar.

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Infraestrutura turística se resume a quatro barracas pé na areia - MONA LISA DOURADO/JC

A rusticidade se explica. Primeiro, porque Santo Aleixo é literalmente um paraíso particular. Embora administrativamente pertença ao município de Sirinhaém, a ilha é uma propriedade privada envolvida em um longo processo de inventário ainda indefinido. Por isso, a única construção existente é uma casa, em que quase nunca se veem os habitantes. O terreno, de cerca de 30 hectares, também faz parte da Área de Proteção Ambiental (APA) de Guadalupe, outra condição que visa garantir o desenvolvimento sustentável do lugar. Luxo ali é a natureza em estado bruto.

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Os franceses empreenderam na ilha sua primeira invasão ao Brasil, deixando de legado o nome do território (Île SaintAlexis), antes de serem expulsos pelos portugueses, em 1521 - EDY FERNANDES/DIVULGAÇÃO

Os passeios de bate e volta geralmente partem de Barra de Sirinhaém, em lanchas que levam de cinco a sete minutos para fazer a travessia de cerca de dois quilômetros. Em média, a permanência na ilha é de cinco horas.

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Ilha tem cerca de 30 hectares - DIVULGAÇÃO

Tempo mais que suficiente para você fazer um reconhecimento do entorno, enquanto decide se vai lagartear na areia, pegar o caiaque, nadar de snorkel com os peixinhos ou de tudo um pouco. 

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Lanchas levam de cinco a sete minutos para fazer trajeto a partir de Barra de Sirinhaém. - MONA LISA DOURADO/JC

O desembarque em Santo Aleixo é feito na praia do meio. Apesar da tentação de já ficar por lá mesmo se esbaldando no mar quentinho, resista e siga pelo caminho de areia até o outro lado da ilha, que revela uma enorme piscina natural de tonalidade esverdeada na Praia da Ferradura. O nome vem do formato sugestivo, responsável pelo represamento das águas naquele trecho.

Para alcançar o mar de fora, é preciso um pouco mais de esforço, subindo pelas rochas até o lado esquerdo, onde as águas são mais frias e bravias.

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Do alto, fica mais evidente o contraste entre a aridez das pedras ardósia, o azul do oceano e o verde do coqueiral - MONA LISA DOURADO/JC

Do alto, fica mais evidente o contraste entre a aridez das pedras ardósia, o azul do oceano e o verde do coqueiral. Poesia em forma de paisagem.

Quem aprecia aquela tranquilidade nem imagina o passado beligerante de Santo Aleixo, palco de disputas entre colonizadores europeus em busca de pau-brasil na costa pernambucana. Os franceses empreenderam ali sua primeira invasão ao País, deixando de legado o nome do território (Île SaintAlexis), antes de serem expulsos pelos portugueses, em 1521. A referência a essa passagem histórica está na réplica da cruz que teria sido usada na celebração da missa de paz feita por padres franciscanos.

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No passado, Santo Aleixo foi palco de disputas entre colonizadores europeus - MONA LISA DOURADO/JC

Quando você pensa que não pode mais ser surpreendido, esquilos (!) cruzam o caminho. Não é miragem. Introduzidos irregularmente, os bichinhos acabaram se adaptando tanto ao ambiente tropical que divertem os visitantes triturando a polpa do coco verde. Uma graça. Nesse sossego todo, não há quem queira ir embora. Mas o sol ensaiando esconder-se no horizonte anuncia a hora da despedida. Resta navegar de volta com o brilho alaranjado do entardecer refletido na água.

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Esquilos introduzidos irregularmente se adaptaram ao ambiente tropical - MONA LISA DOURADO/JC

SERVIÇO

A Monteiros Tour (99812-0696) é a empresa mais antiga que leva à Ilha de Santo Aleixo a partir de Barra de Sirinhaém. O passeio com guia e caiaque de cortesia custa R$ 80. De Serrambi, a Abissal (99933- 6927) cobra R$ 190, com água e banquete de frutas.

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