'Guerra' das capivaras gera memes e debate na Argentina; entenda
Capivaras geraram conflito entre humanos, com direito a memes e debate acalorado na Argentina
Muito comuns na América do Sul, as capivaras, maiores roedores do mundo, viraram centro de um debate na Argentina. No país, acontece uma verdadeira 'guerra' ideológica que coloca pessoas em dois campos opostos por conta do animal.
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Uma das regiões no país com mais concentração de capivaras é em uma área conhecida como Nordelta, um bairro de alto luxo na região da Grande Buenos Aires. Nesse local, vivem aproximadamente 400 capivaras, que é banhado pelas águas do rio Paraná.
Isso faz dali uma região pantanosa e com alguns animais silvestres, como macacos e as próprias capivaras. Durante cerca de 15 anos, a convivência entre humanos e roedores foi bastante pacífica, mas tudo começou a mudar há cerca de seis anos.
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O começo da 'guerra'
As capivaras começaram a aparecer nos jardins e quintais das mansões em meados de 2015. Segundo os donos das propriedades, os animais passaram a destruir flores e plantas. Além disso, existem relatos de brigas entre os roedores e animais domésticos, como também problemas com as fezes dos animais, que têm se acumulado e gerado dúvidas se seriam ou não vetores de doenças.
Interferência
Ao contrário do que querem os moradores da área, os biólogos defendem que não é possível retirar as capivaras. Isso porque o deslocamento dos bichos para outro local ia interferir na fauna de onde quer que sejam colocados. De acordo com os especialistas, isso pode causar um sério desequilíbrio ecológico.
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Memes
Após uma reportagem publicada pelo veículo local La Nación, a opinião pública começou a enxergar a ocasião como uma verdadeira luta de classes. Nas redes sociais, explodiram memes sobre a situação, com a maioria dos usuários colocando os bichos como símbolos dessa luta.
¿Carpincho o Carl Pincho? pic.twitter.com/lZN446Ofkh
— Jesica Calcagno (@Jesi_mc) August 20, 2021
Solução
Além dos memes, há pedidos por uma lei de proteção aos pantanais para deter o avanço dos humanos sobre esses ecossistemas. Quem defende o projeto afirma que essas áreas são fundamentais como reservas de água doce, reguladoras de inundações e lar de uma grande variedade de animais silvestres.