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Sob impasse, aeroportos europeus dizem que nada justifica 'voos vazios'

A pandemia da covid-19 causou um colapso do tráfego aéreo a Europa desde março de 2020

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AFP

Publicado em 06/01/2022 às 13:29
Nas viagens, os parlamentares recebem diária, em dólar, que varia entre US$391 (cerca de R$2.142) e US$428 (R$2.350) - Pixabay

Nesta quinta-feira (6), a associação que representa os aeroportos da Europa afirmou que as companhias aéreas não têm motivos para voar com aviões vazios. As empresas reclamam da regra estabelecida pela Comissão Europeia (CE) que define o limite de uso de slots (horários de chegada e partida em aeroportos coordenados) de inverno em 50%.

 

A regulamentação europeia prevê que as empresas devem utilizar pelo menos 80% dos direitos de descolagem e aterrissagem que lhes são atribuídos nos aeroportos, sob pena de perder os seus direitos na temporada seguinte, caso não o façam. No entanto, essas regras tornaram-se inaplicáveis devido a pandemia da covid-19, o que causou um colapso do tráfego aéreo desde março de 2020.

A norma ficou mais flexível com a pandemia e a partir de 28 de março de 2021. Conforme decisão, as empresas passaram a utilizar apenas 50% de seus slots de decolagem e pouso. Mas o nível é considerado excessivo pelo setor de aviação, novamente atingido pelo surgimento da variante ômicron do vírus.

O presidente executivo do grupo Lufthansa, Carsten Spohr, alertou em 23 de dezembro que seria forçado a fazer "18.000 voos inúteis" durante o inverno "apenas para preservar seus direitos de decolagem e pouso". "Apesar de nossas demandas incessantes por maior flexibilidade, a UE aprovou uma regra de utilização de 50% (...) claramente irreal", declarou à AFP um porta-voz da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) na quarta-feira, que representa a grande maioria das empresas.

As organizações de aeroportos já tiveram trocas difíceis com a Iata nos últimos meses, principalmente no que se refere às taxas que os aeroportos recebem das empresas por cada pouso e decolagem, em um contexto de problemas financeiros para o setor.

 

 

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