Pop

Pabllo Vittar sobre '111': 'É o meu álbum mais experimental'

Terceiro disco da artista tem referências locais mescladas a sonoridades e estéticas internacionais
Márcio Bastos
Publicado em 24/03/2020 às 21:00
Pabllo Vittar conquista espaço cada vez maior na indústria cultural Foto: Ernna Cost/Divulgação


Pabllo Vittar não pensa pequeno e 111, seu terceiro álbum, lançado na noite desta terça-feira (24), deixa claro que o projeto artístico da drag queen tem escala global. Mas, mirar o exterior não significa, para a artista, apagar suas raízes. Na contramão de artistas que pasteurizam sua sonoridade e estética para se encaixar, a artista maranhense parece afirmar que o potencial está na diferença e mistura suas referências, que vão do forró ao eletrônico, sem hierarquização.

"É inadmissível que essas coisas ainda aconteçam, pois é um trabalho que vem sendo realizado há muito tempo, com muito cuidado e surpresas para as pessoas. Mas é como dizem, fazemos dos limões uma saborosa limonada. Isso tudo não me abala, E como diz a letra de uma das minhas novas músicas de 111, 'a chuva da vitória vai reinar no fim'", afirmou. 

PROJETOS

 

Desde que explodiu na cena nacional, em 2017, Pabllo Vittar já engatou uma série de parcerias com artistas de diferentes estilos musicais da cena nacional e internacional. Seu sucesso é sem precedentes entre as drag queens e a posiciona no panteão do pop brasileiro. Sua imagem é disputada por várias empresas e, apesar da resistência de alguns conservadores, a artista ocupa espaços importantes e é referência para além da comunidade LGBTQ+.

"Eu fico muito feliz e grata por poder ocupar tantos novos espaços, de diferentes culturas e idiomas. Acredito que isso deveria ser natural para qualquer artista e acredito que as coisas tenham começado a mudar. Todos são livres para expressar e consumir a arte da forma que quiserem", pontuou.

Com as incertezas que cercam 2020 por conta da pandemia do coronavírus, Pabllo Vittar ainda não sabe como sua agenda se configurará. Entre os eventos que ela participaria e que foram remarcados para o segundo semestre estão os festivais Coachella, nos Estados Unidos, e Lollapalooza, em São Paulo. Diante da gravidade da situação, a artista reforça a importância de seguir as recomendações de saúde e expressa sua preocupação com aqueles que não podem fazer quarentena.

"Este momento é realmente necessário para a saúde e segurança de todos que fiquemos em casa. Precisamos manter a calma e pensar em alternativas para apoiarmos uns aos outros, pensando sempre de forma coletiva e não individual. Tive que adiar várias coisas da minha agenda! Não fico feliz, mas a minha preocupação está com quem não tem condições de fazer essa quarentena, com quem ainda não foi liberado do trabalho e da escola, com os grupos de risco e etc. Quanto a minha agenda internacional completa avisarei como ficará assim que tudo isso passar", reforçou.

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