A Orquestra Criança Cidadã está prestes a se tornar patrimônio cultural imaterial de Pernambuco. Isso porque a Assembleia Legislativa do Estado (Alepe) aprovou, por unanimidade, o Projeto 459/2019, proposto pelo deputado Clodoaldo Magalhães.
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Lançada no Diário Oficial do Estado do último dia 16, a Resolução nº 1.672 autoriza a Alepe a requerer a concessão do registro de patrimônio cultural imaterial ao projeto sociomusical fundado na cidade do Recife em 2006.
O idealizador e coordenador geral da Orquestra Criança Cidadã, João Targino, exalta o reconhecimento que o projeto obteve dos parlamentares pernambucanos: “O reconhecimento da Orquestra Criança Cidadã pela Casa de Joaquim Nabuco como patrimônio imaterial representa a consagração do projeto social como expressão rica e viva da cultura e da tradição do povo pernambucano. É uma grande conquista, que se soma a tantas outras, numa demonstração inequívoca de que a labuta de ensino musical aos mais pobres deste Estado está cumprindo com maestria o mister a que se destinou”.
A Orquestra Criança Cidadã é um projeto social gerido pela Associação Beneficente Criança Cidadã (ABCC). Em funcionamento desde 2006, o programa visa ao resgate social de crianças carentes através da música. A primeira comunidade escolhida foi o Coque, um dos bairros mais violentos e de menor Índice de Desenvolvimento Humano do Recife.
Atualmente, a Orquestra atende gratuitamente a 400 jovens (250 no Coque, 120 no Ipojuca e 30 em Igarassu), entre 06 e 21 anos. Os alunos recebem aulas de instrumentos de cordas, sopros, percussão, teoria e percepção musical, flauta doce e canto coral. O programa conta ainda com apoio pedagógico, atendimento psicológico, médico e odontológico, aulas de inclusão digital, fornecimento de três refeições por dia e fardamento.