Seis anos após o último álbum Limbo, a banda Rua do absurdo lançou Queda, na última segunda-feira (27). O disco surgiu de um longo processo criativo, enquanto questionamento de um “cenário degradante”: os trágicos efeitos das mudanças climáticas, o recrudescimento da necropolítica, a proliferação de visões sobre o fim do mundo e o encontro com a alteridade do pensamento ameríndio de Aílton Krenak e Davi Kopenawa Yanomami.
Queda é uma proposição estética da Rua do Absurdo “ao tempo das catástrofes.” Para escutar, é possível acessar o site e fazer o download do álbum digital por R$ 2. O download acompanha um PDF com a arte do disco e ainda 1 pôster A3 em alta resolução. Como forma de “contribuir para a resistência da perspectiva ameríndia na Terra”, 30% do valor arrecadado durante o mês de agosto será destinado à APIB (Associação dos Povos Indígenas do Brasil).
Formada por Caio Lima (Voz), Yuri Pimentel (Contrabaixo), Hugo Medeiros (Bateria), Nelson Brederode (Cavaco) e Bruno Giorgi (Texturas), a Rua do absurdo busca experimentar as fronteiras estéticas da canção.
O grupo surgiu em 2009 entre amigos do curso de música da Universidade Federal de Pernambuco que tinham em comum a intensa investigação sobre formas de composição musical e o interesse pela criação artística de forma geral.
Em onze anos de formação, a Rua guarda a memória de dois discos bem recebidos por público e crítica de todo o Brasil - Do Absurdo (2011) e Limbo (2014), premiações por produção de trilhas sonoras de filmes e espetáculos de dança e diversas apresentações em festivais de música e espaços culturais realizados em Pernambuco e fora do Estado.