Uma das grandes surpresas deste ano no Oscar, Minari, dirigido por Lee Isaac Chung, é um triunfo por sua simplicidade e impacto. Indicado a seis estatuetas, entre elas a de Melhor Filme, Direção e Roteiro Original, o longa acompanha a jornada de uma família sul-coreana em busca de estabilidade financeira em uma cidade do interior dos Estados Unidos. Para além das adversidades econômicas e da nova terra, eles enfrentam conflitos internos que expõem a complexidade dos laços afetivos.
Ambientado em 1983, o filme mostra a mudança da família Yi da Califórnia para uma área rural do Arkansas. A transição foi motivada pelo desejo do patriarca, Jacob (Steven Yeun, indicado ao Oscar pelo papel), de melhorar as condições de vida. Seu sonho é conseguir montar uma fazenda produtiva e garantir oportunidades para seus dois filhos, David (o encantador Alan Kim) e Anne (Noel Kate Cho).
A nova morada, no entanto, não agrada sua esposa, Monica (Han Ye-ri), que se preocupa com as condições do lugar isolado e com o dinheiro que eles irão investir para conseguir dar início à plantação. Ela também se preocupa com o filho mais novo, que sofre de um problema no coração, e se ressente por estar longe da mãe, Soon-ja (Youn Yuh-jung, indicada a Melhor Atriz Coadjuvante), que vive sozinha na Coreia do Sul.
Diante das constantes brigas do casal, eles decidem que a matriarca deve ir morar com a família nos Estados Unidos. Sua chegada, no entanto, causa espanto no pequeno David, nascido americano, que não compreende os hábitos culturais da avó. Ao contrário do que ele vê nos modelos culturais vendidos na televisão, ela "não assa cookies" e também não se priva de falar palavrões. Irreverente, ela começa a conquistar seu espaço na família com seu jeito diferente, mas amável, criando uma relação especialmente tocante com David, que vive seu próprio processo de amadurecimento.
Atravessado por questões relacionadas às dinâmicas familiares, o filme foge de soluções fáceis. Os dilemas vividos pelos personagens são complexos e expressados com maestria pelo elenco excelente, que trabalha com nuances e silêncios reveladores. A inocência de David e a vasta experiência de Soon-ja, sobrevivente de uma guerra brutal, funcionam como metáforas emocionantes dos caminhos tortuosos da vida.
É difícil que Minari repita o feito de Parasita e garanta mais um Oscar de Melhor Filme para uma obra falada majoritariamente em coreano, mas as indicações consolidam a força das histórias multiculturais na maior premiação do cinema mundial.
Deleh Wilson canta a saudade coletiva em 'Onde Você Estiver'
Canção está disponível nas plataformas de streaming
O cantor e compositor Deleh Wilson lançou nas plataformas digitais a canção Onde Você Estiver, que tem como tema o distanciamento — e a saudade consequente — imposto pelas adversidades deste momento pandêmico.
Com participação da cantora Keury Jess em uma intervenção sonora, produção fonográfica de Rogério A. Martins, mixagem de Jorge Romão (Manêro) e masterização de Carlos Trilha, a canção chega acompanhada de um registro audiovisual, disponibilizado no YouTube.
Lucas Scandura lança a faixa 'Eu Não Sou de Perdão'
Canção faz parte do projeto mais recente do artista, intitulado Compactortos
Lucas Scandura continua o projeto Compactortos com o lançamento de Eu Não Sou de Perdão, um tango gravado em parceria com Escualo Ensemble — quarteto de tango instrumental formado por Daniel Grajew (piano/acordeon), Cláudio Torezan (contrabaixo acústico), Amanda Martins (violino) e Rubén Zúñiga (vibrafone).
A faixa chega acompanhada de Sinfonia do Silêncio, uma poesia com arranjo e produção da violista, artista e produtora Gylez Batista. Ambas estão disponíveis nas plataformas digitais.
Sobre os compactortos
Inspirados nos antigos compactos, que eram compostos quase sempre por duas faixas (o lado A e o lado B), os compactortos serão sempre compostos por uma poesia e uma canção a serem lançadas com seus respectivos clipes.
As poesias, que aparecem no trabalho em pé de igualdade com as canções, também estão sendo gravadas, porém num formato diferente. A poesia é pensada, arranjada e produzida como uma faixa para ser escutada nos streamings assim como as canções, mas sem perder suas próprias características, sem ser simplesmente declamada e musicada
Luisa Mell lança série de livros para crianças
Conhecida por seu empenho nas causas em defesa dos animais e da preservação ambiental, a apresentadora Luisa Mell prepara uma série de livros voltada para o público infantil. A primeira obra do projeto, Se os Bichos Falassem: Austrália, chega às livrarias ainda este mês, pelo Globinho.
No livro, a ativista conta a história de uma personagem que leva seu nome e que dedica a vida a salvar os animais. Um dia, ela recebe um pedido de ajuda de um coala. Com ilustrações de Guilherme Francini, a narrativa acompanha ainda Enzo, inspirado no filho de Luisa (foto), e Zoe. Juntos, eles vivem várias aventuras com o objetivo de conscientizar a população.
Esta não é a primeira vez que Luisa se aventura na literatura. A paulistana é autora de Como os Animais Salvaram Minha Vida, publicado em 2018.
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