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Diversidade é tema de mostra virtual do Itaú Cultural

Itaú Cultural lança mostra baseada no debate sobre a liberdade dos corpos

Marília Banholzer
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Marília Banholzer
Publicado em 03/08/2021 às 22:18
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ARTE Há três artista de Pernambuco, entre eles está a Cia Qualquer um de 2, com Cavalo - FOTO: DIVULGAÇÃO
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Tem início nesta quarta-feira (4) e segue até o dia 13 de agosto a oitava edição de Todos os Gêneros: Mostra de Arte e Diversidade, realizada virtualmente pelo Itaú Cultural. Desta vez, três artistas de Pernambuco têm espaço na programação que reflete sobre sobre corpos divergentes, gênero e sexualidade em conversas, shows, performances, filme e oficina.

Os artistas pernambucanos que integram a mostra são a cantora travesti Aivan, de 55 anos, que lança o EP Anônima, depois de quase 30 anos do primeiro e único disco, a Cia Qualquer um de 2, de Petrolina, que participa com a performance de dança Cavalo, na qual corpos masculinos se revelam contraditórios, e Renna, transartivista, que apesar de ter nascido em Santa Catarina, reside em Buíque, no Agreste de Pernambuco, e que em suas performances de música, poesia e audiovisual (re)construir sua ancestralidade travesti.

A programação traz, ainda, convidados como a cantora paulista Jup do Bairro, que apresenta as canções do premiado EP Corpo Sem Juízo (2020), a performances de Lee Brandão, primeira Dragqueen PCD (Pessoa Com Deficiência) do Distrito Federal, e a Cia Fundo Mundo, companhia circense formada exclusivamente por pessoas transgêneras, travestis e não-binárias.

A mostra Todos os Gêneros: Mostra de Arte e Diversidade conta com programação fixa e trabalhos disponíveis durante o período no site do Itaú Cultural (www.itaucultural.org.br), além de atividades em apresentações únicas, com reserva de ingressos pelo Sympla.

AGENDA

Nesta quarta (4), às 20h, a agenda traz a prosa de abertura Corporalidade Gênero e Sexualidade: uma reflexão sobre o exercício da arte e afirmação da sexualidade nas corpas divergentes. Participam da mesa o baiano Edu O., artista da performance, dança e teatro, e a midiativista mineira Leandrinha Du Art, escritora e militante LGBT e PCD. As provocações do encontro são do antropólogo Cláudio Leite.

Antes da conversa, a noite é aberta com a exibição da performance Ah, se eu fosse Marilyn! com Edu O. Inspirada na peça Dias Felizes, de Samuel Beckett, reflete sobre a passagem do tempo. O trabalho busca, de forma sutil e imagética, respeito às diferenças e tolerância às escolhas pessoais e ao exercício do coexistir em meio à solidão.

Na quinta (5), também às 20h, acontece a Oficina #morfose14, uma vivência de maquiagem intuitiva para a criação de Seres em Si, conduzida pelo artista Emerson Pontes. A proposta é recriar seres no corpo com a maquiagem criativa, a partir de lendas amazônicas e da memória pessoal. A oficina conta com 25 vagas, e os interessados devem se inscrever pelo site do Itaú Cultural www.itaucultural.org.br.

Na sexta-feira (6), no mesmo horário, será exibido o filme profanAÇÃO, uma performance em experimento cinematográfico. Nele, cinco artistas - umx surdx, dXis com baixa visão, umx cadeirante e umx periclitante - se encontram para responder às perguntas que vasculham tudo o que há de bom e de ruim em ser como são. Após exibição acontece um bate-papo com a artista Estela Lapponi e o diretor Valter Nu, novamente com provocação de Cláudio Leite.

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