Os cinemas brasileiros criaram uma nova estratégia para atrair de volta o público para as salas presenciais após o isolamento da pandemia, que reforçou o streaming. Redes estão adotando estratégias como assinatura mensal e pacotes de ingressos mais baratos.
Redes como Cinemark, Kinoplex e UCI, algumas das maiores do país, já lançaram planos que incluem descontos em ingressos, meias-entradas, benefícios em pipocas, brindes e mais.
A rede Cinemark lançou ainda em abril o Cinemark Club, um programa de assinatura que oferece descontos, prêmios e ingressos a clientes por meio do pagamento de uma mensalidade. Considerando apenas o valor das entradas, a economia supera 50% em relação ao preço original.
No Cinemark Club, ao fazer a adesão no valor mensal de R$ 29,90, o consumidor recebe dois ingressos 2D por mês. Esses ingressos que podem ser usados em qualquer dia da semana, acumulativos por um período de até três meses.
Também existem descontos de até 20% em produtos selecionados na bomboniere, além de combo de pipoca com refrigerante no mês do aniversário. Amensalidade também rende pontos para os assinantes, que podem trocá-los por produtos.
Uma iniciativa semelhante foi incorporada pelo Kinoplex. Com o Kinopass, o público pode comprar cinco bilhetes com desconto para qualquer dia e sessão, inclusive para fins de semana e feriados. O assinante ainda ganhar como brinde três meses de assinatura no Amazon Music Unlimited.
O passaporte Classe Econômica Plus, válido para as salas convencionais e Kinoevolution, custa R$ 75 - cada ingresso sai por R$ 15 - metade do valor usual.
O passaporte Primeira Classe, que pode ser usado nas salas Platinum, cada ingresso sai por R$ 30, totalizando R$ 150.
A rede de cinemas UCI criou o UCI Unique, que dá benefício de meia-entrada todos os dias - não acumulativo com outras promoções da assinatura.
Também é possível dar um "upgrade" na pipoca e ganhar brindes. Para assinatura, bastante entrar no site da rede e fornecer dados, como CPF.
Os cinemas ainda não superaram o baque causado pela pandemia da Covid-19. De acordo com dados da Agência Nacional do Cinema (Ancine), o púlico vem aumentando desde 2002, mas nem perto do que era antes.
No primeiro semestre de 2022, 44,8 milhões de bilhetes foram vendidos nos cinemas. Em 2019, no mesmo período, o total foi de 88,3 milhões.
Este ano, foram arrecadados R$ 873 bilhões, contra R$ 1,44 trilhão no primeiro semestre de 2019. As informações foram publicadas pelo jornal O Globo.