Com informações da AFP
A Copa do Mundo, por si só, já é um evento que atrai multidões, especialmente no Brasil, que é um país apaixonado por futebol. A Copa do Mundo de 2022 não está sendo diferente e ainda está tendo um efeito "extra", de resgate dos símbolos ligados à Seleção Brasileira de futebol.
Para muitos torcedores, a Copa representa a volta do uso do verde e amarelo, que evitaram vestir durante anos para não serem identificados com o bolsonarismo. O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), também pediu aos brasileiros para virarem essa página.
Influenciadores e estrelas como a cantora Anitta voltaram a impulsionar o uso das cores pátrias, depois que foram apropriados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e por seus apoiadores como símbolos da extrema direita.
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Essa corrente "visa resgatar o orgulho das cores nacionais como sensação de pertencimento a todos os brasileiros, independente de crenças político-partidárias", explica Kátia Lamarca, coordenadora do curso de Design de Moda no Istituto Europeo di Design (IED), em São Paulo.
O SENTIMENTO DE APEGO À SELEÇÃO BRASILEIRA, SEM O VÍNCULO POLÍTICO
Top amarelo com detalhes em verde, calças largas e tênis combinando, sombras nos olhos e unhas nas cores da bandeira para completar o "look". Júlia Barbosa não deixou nem um detalhe de fora ao se arrumar para torcer pela Seleção em um bar de São Paulo.
Assim como a indumentária desta estudante de marketing de 24 anos, o verde e amarelo colore as ruas e as vitrines do Brasil para assistir aos jogos da Seleção na Copa do Mundo do Catar.
"Vou ter um look diferente pra cada jogo", diz Júlia, enquanto posa para fotos com o conjunto que comprou para a estreia do Brasil contra a Sérvia (2x0). Para o jogo seguinte contra a Suíça, ela adiantou que vestiria "short, biquíni, tudo temático".
É que a expectativa de conquistar o hexacampeonato suscitou a volta do "Brazilcore", que exalta a "essência brasileira" verde e amarela, à margem da política.
Lucas Belami, influenciador de 20 anos, segue a recomendação vestido com camiseta amarela e bandeira cintilante à frente, levantada para mostrar seu abdômen definido.
"Ia vir de azul, mas graças à Copa, a gente está recuperando nossa bandeira, que não representa mais um político, representa a nós, brasileiros. E eu vim bem estampado, de amarelo com a bandeira do Brasil, porque tenho muito orgulho do nosso país", diz, sorridente, em um bar de São Paulo.
Com as mãos na cintura, Vivianny Sales, uma engenheira de 31 anos, mostra seu top de lantejoulas azuis justo ao corpo, comprado antes da primeira vitória do Brasil.
"A ideia era chamar a atenção. A gente quer brilhar e que a seleção brilhe também", disse a engenheira, em entrevista à AFP.