FIG 2023 tem abertura cheia e tranquila, mas não escapa de vaia

Apesar das críticas sobre a programação nas redes sociais, a esplanada ficou lotada quando Lenine subiu ao palco e seguiu animada com Maneva, mesmo com chuva
Emannuel Bento
Publicado em 22/07/2023 às 13:28
Lenine durante show na abertura do 31º Festival de Inverno de Garanhuns Foto: FELIPE SOUTO MAIOR/FUNDARPE


O 31º Festival de Inverno de Garanhuns teve uma noite de abertura tranquila e com a Praça Cultural Mestre Dominguinhos cheia nesta sexta-feira (21), com shows de Isaar, Lenine e Maneva.

Apesar das críticas sobre a programação nas redes sociais, a esplanada ficou lotada quando Lenine subiu ao palco e seguiu animada com Maneva, mesmo com chuva. Antes disso, no entanto, faltava aquele "clima de FIG" que se via nos últimos anos, com mais movimentação.

Uma das mudanças estruturais desse ano foi o fechamento da entrada lateral da esquerda, para quem vinha "por trás do palco" para a praça. Isso deixou um trecho da Rua Cel. Antônio Vitor bastante vazio, sem os bares e comércios de outrora.

Uma hora antes do primeiro show começar, às 19h, ainda existiam funcionários finalizando a estrutura do palco, o que repercutiu nas redes sociais.

Shows

A noite começou com uma apresentação da Orquestra Sanfônica Mestre Dominguinhos, que tocou clássicos do forró em uma bela homenagem à cultura da terra do sanfoneiro.

O cantor Cezzinha fez uma participação na metade da apresentação, convidando ainda a jovem cantora local Maria Gabriela, de 14 anos. Eles fizeram uma bela interpretação de “Lamento Sertanejo”.

Em seguida, houve um show em celebração à Gonzaga de Garanhuns, homenageado da 31ª edição do evento. O Reisado Garanhuns Cultural apresentou diversas peças, incluindo uma criada em homenagem à Gonzaga.

Nome feminino do manguebeat, Isaar deu continuidade à noite com um show que mesclou suas referências populares com a música contemporânea pernambucana, trazendo faixas como “Corpo de Espuma”, “Preta Cirandeira” e “Orixás”.

Lenine trouxe ao FIG o show Rizoma, apresentado ao lado do filho Bruno Giorgi. No palco, ele assumiu o microfone e o violão, enquanto Bruno se revezou entre baixo, bandolim, teclados, voz e sampler. O público viu um apanhado musical da história do artista pernambucano.

Essa foi a décima vez de Lenine no FIG. “Tenho uma relação passional e histórica com o festival. Não por acaso, está tocando comigo hoje o baterista que tocou comigo há 30 anos atrás, Pantico Rocha. O Rizoma tem essa tonalidade meio cinza, pois é fruto da pandemia. Conseguimos passar por ela sem sequelas. Era um solo meu, agora tem o Bruno. Hoje, com o Rocha, será aquele power trio mais próximo do rock", disse o cantor, em coletiva antes do show.

O repertório teve sucessos como "A Rede", "Na Rede", "Se Não For Amor Eu Cegue", "Do It", "Leão do Norte" e "Calma". Ele encerrou o show com "Paciência", provocando um belo coro do público.

Vaia

Quando Lenine agradeceu o poder executivo estadual pelo convite para o show, parte do público ensaiou uma vaia.

A noite foi encerrada com as vibrações da Maneva. O reggae da banda paulista colocou a Praça Mestre Dominguinhos para pular com canções autorais, como "Luz que me Traz Paz", foram mescladas com as versões em reggaes, como o pagode "Essa Tal Liberdade", canção do SPC. Nem a chuva desanimou o público que havia ido até a praça ver a banda.

Ao cantar uma música do Lenine, o Maneva convidou o artista ao palco, realizando uma curiosa uma participação especial. "Anunciação", de Alceu Valença, fechou a noite.

Mais FIG

Neste primeiro final de semana, o Palco Mestre Dominguinhos ainda terá shows de Lula Queiroga, O Teatro Mágico e George Israel Leoni (sábado); Geraldo Azevedo, Liv Moraes com Gennaro, Beto Hortis, Luizinho do Serra e Terezinha do Acordeon e Simone Mendes (domingo).

Além da programação musical, estão confirmadas ações de literatura, formação, teatro, circo, audiovisual, dança, cultura popular, patrimônio, design, moda, artes visuais, fotografia e artesanato.

CONTEÚDO RELACIONADO: Programação do 31º FIG divide opiniões nas redes sociais; entenda polêmica

TAGS
cultura FIG 2023
Veja também
últimas
Mais Lidas
Webstory