A Qatar Airways reivindicou, nesta quarta-feira (22), uma indenização de US 5 bilhões aos vizinhos Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Egito por terem proibido o acesso a seu espaço aéreo.
Em um comunicado, a companhia disse que quer essas "compensações" por terem excluído a Qatar Airways de seus mercados e impedir que usasse seus espaços aéreos.
Em 5 de junho de 2017, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos e Bahrein romperam suas relações com o Catar, acusado de apoiar movimentos islâmicos radicais e de estar muito próximo do Irã, rival regional de Riade. Doha rejeita essas acusações.
Estes quatro países proibiram as aeronaves do Catar de sobrevoarem seu espaço aéreo e seus aeroportos, romperam suas relações comerciais e marítimas e fecharam suas fronteiras.
Na semana passada, a Corte Internacional de Justiça (CIJ), o mais alto órgão judicial da ONU, decidiu a favor do Catar e considerou que a Organização Internacional de Aviação Civil (OACI) é legalmente competente para resolver um conflito a pedido de Doha.
O Catar acusa seus vizinhos de violarem um acordo que regula a liberdade de circulação dos aviões comerciais.
Os juízes da CIJ "rejeitaram por unanimidade" um pedido desses países contra uma decisão favorável para o Catar adotada em 2018 pela OACI.
"Depois de mais de três anos de esforços para resolver a crise de maneira amigável e através do diálogo, sem resultados, tomamos a decisão de solicitar arbitragem e exigir todos os recursos judiciais para proteger nossos direitos e obter uma compensação total pelas violações", disse o CEO da companhia, Akbar Al Baker.
A Qatar Airways é a segunda maior companhia aérea do Oriente Médio depois da Emirates, com sede em Dubai e com uma frota de 250 aeronaves.
Desde o início do bloqueio aéreo, a companhia aérea nacional do Catar sofreu perdas estimadas em centenas de milhões de dólares.