Os financiamentos imobiliários com recursos das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) atingiram R$ 13,84 bilhões no mês de novembro de 2020. O montante, embora 0,2% inferior ao valor recorde observado em outubro, segue uma trajetória de alta expressiva quando comparado ao mesmo período de 2019 (+77,9%). O resultado garante ao mês passado o segundo mais elevado volume financiado - em valores nominais - da série histórica iniciada em julho de 1994, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). 

Entre os primeiros onze meses de 2019 e de 2020, os empréstimos destinados à aquisição e construção de imóveis avançaram 52,1%, atingindo R$ 106,51 bilhões, valor próximo ao do pico histórico registrado em 2014 (R$ 112,85 bilhões).

No acumulado de 12 meses (dezembro de 2019 a novembro de 2020), os financiamentos destinados à aquisição e à construção de imóveis somaram R$ 115,17 bilhões, alta de 51,4% em relação aos 12 meses anteriores.

Nos últimos 12 meses (dezembro de 2019 a novembro de 2020), os financiamentos do SBPE viabilizaram a aquisição e a construção de 402,5 mil imóveis, alta de 38,9% em relação aos 12 meses anteriores, quando 289,7 mil unidades foram beneficiadas pelo crédito imobiliário com recursos das cadernetas de poupança.

Entre janeiro e novembro de 2020, foram financiadas 370,9 mil unidades, resultado 39,3% maior que o de igual período de 2019. Só no mês de novembro de 2020, nas modalidades de aquisição e construção, forma financiados 46,2 mil imóveis, resultado 1,5% superior ao de outubro e 59,9% maior do que o apurado em novembro de 2019.

Poupança

Após oito meses com resultados positivos, em novembro, a captação líquida da poupança SBPE ficou negativa em R$ 442,9 milhões, contrariando o comportamento histórico de alta neste mês. Entre os fatores que podem explicar a oscilação negativa estão o incentivo, nos primeiros meses da pandemia à antecipação de férias com eventual recebimento de parte do 13º salário, a antecipação do recebimento do 13º salário dos beneficiários da Previdência Social e também a redução do valor do auxílio emergencial, que é creditado em contas de poupança.

No período acumulado entre janeiro e novembro, a captação líquida das cadernetas atingiu R$ 109,4 bilhões. O recorde anterior, considerando o período em pauta, havia sido registrado em 2013, quando o balanço entre depósitos e retiradas (de janeiro a novembro) foi positivo em R$ 46 bilhões.