Se o maior sofrimento dos pais que vivem em situação de insegurança alimentar, é não ter comida para oferecer aos filhos, o resultado do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil (Vigisan) é desolador. O levantamento mostra que a fome é pior em residências onde moram crianças com menos de 10 anos.
Em lares com moradores nesta faixa etária, a proporção de insegurança alimentar moderada ou grave está acima de 40% em todos os estados da região Norte e em sete dos nove estados do Nordeste. Em Pernambuco, é de 48% a participação de domicílios com menores de 10 anos que vivem ser ter o que comer.
O relatório não explica por que a fome aumenta diante da presença de crianças menores de 10 anos, mas chama atenção para a necessidade de desenvolver políticas públicas para atender esta faixa etária.
No Nordeste, com exceção da Paraíba e do Rio Grande do Norte, todos os demais estados apresentam taxas de insegurança alimentar moderada e grave (fome) acima de 40%.
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