Com informações do Estadão Conteúdo
Um grupo de economistas do governo de transição vai debater nesta semana sobre os termos da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, que valida a ampliação de despesas acerca das propostas elaboradas pelo presidente eleito Lula.
Nessa reunião, haverá também a presença dos negociadores políticos do PT, e do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, além dos quatro economistas do grupo de trabalho da economia - André Lara Resende, Guilherme Mello, Nelson Barbosa e Pérsio Arida.
Alckmin inicia processo de transição de governo e negocia PEC para auxílio
DISCUSSÃO DE PROPOSTAS
De acordo com informações do Estadão, essa reunião é uma resposta em relação à expectativa do mercado financeiro: "o valor da licença para gastar em 2023, fora do limite do teto de gastos, poderia ficar menor do que os R$ 175 bilhões estimados até agora".
Em razão disso, o grupo também solicitou o acesso ao texto da PEC para discutir sobre os valores de gastos extras.
Porém, isso não ocorreu, e os economistas se sentiram recuados para analisar as propostas, uma vez que o esperado era de que participassem ativamente das discussões em Brasília.
BOLSA FAMÍLIA 2023
O presidente eleito, Lula (PT), já afirmou que o Auxílio Brasil voltará a se chamar Bolsa Família, e à vista disso, uma das preocupações dos economistas é sobre a questão do impacto da PEC da Transição.
O motivo é que trata-se de uma medida de transição que é uma nova definição do arcabouço fiscal para substituir o teto de gastos. Assim, a proposta de retirada do gasto integral do programa Auxílio Brasil aumenta as despesas de forma permanente.
Ou seja, segundo o Estadão: "ainda para esses negociadores, a proposta garante previsibilidade com a definição de que, o que vai ficar fora do teto, será o Auxílio Brasil - um gasto estimado em R$ 175 bilhões."
"Desse valor, seriam usados R$ 157 bilhões para o pagamento do benefício de R$ 600 e R$ 18 bilhões para garantir mais R$ 150 a cada criança de até seis anos."