A Americanas confirmou, nesta quinta-feira (19), seu pedido de Recuperação Judicial. Com escândalo contábil de R$ 20 bilhões, a companhia já havia informado em comunicado ao mercado, divulgado mais cedo, que preparava o pedido. As dívidas da companhia somam R$ 43 bilhões.
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Leia nesta matéria:
- O que acontece na Recuperação Judicial da Americanas
- Americanas vai fechar? Entenda o que aconteceu com Americanas
- A Americanas está falindo?
A decisão da companhia vem no momento em que a posição de caixa disponível da Companhia para suas
atividades alcançou o valor de R$ 800 milhões, sendo que parcela significativa deste valor estava
injustificadamente indisponível para movimentação desde ontem, em virtude de decisão judicial favorável ao BTG, com bloqueio de R$ 1,2 bilhão.
O que acontece na Recuperação Judicial da Americanas
Os credores da Americanas tentavam um modelo de salvamento da empresa com injeção de R$ 6 bilhões em dinheiro novo e em parceria com bancos entram com conversão de dívida em capital.
Com a recuperação judicial, a partir de agora, a Americanas terá um prazo de blindagem por 180 dias, com todas suas obrigações de dívida suspensas.
Além disso, companhia tem até 60 dias para apresentar a primeira versão de um plano de reestruturação, com as principais medidas a serem tomadas e 50 dias para convocar uma assembleia de credores para aprovar o plano.
A Americanas está falindo?
De acordo com o CEO da Quist Investimentos, Douglas Duek, a alternativa é a mais correta, dado o tamanho da dívida da empresa e da potencial necessidade de capital, além do número de credores envolvidos.
“Os balanços revelam que as Lojas Americanas possuem 0,015% de lucratividade. Isso significa dizer que, para pagar R$ 40 bilhões, é preciso faturar entre 2 e 3 bilhões. Fazendo uma análise fria, ao pedir recuperação judicial, ela poderá renegociar as dívidas com os credores de forma mais fácil”, explica o especialista.
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Douglas explica que a recuperação judicial não significa dizer que a Americanas está entrando em falência.
“É uma empresa consolidada e com grande potencial no mercado. Possivelmente terá que fazer venda de ativos ou se capitalizar, mas não chegará ao ponto de falir”, destaca Duek, que chama atenção do fato de a empresa possuir um bom caixa.