CORTE DE GASTOS | Notícia

BPC: saiba o que pode mudar no benefício com a aprovação do corte de gastos

Senado aprova PEC do corte de gastos com alterações que preservam critérios atuais do BPC. Proposta agora deve seguir para o Congresso Nacional

Por Maria Letícia Menezes Publicado em 20/12/2024 às 8:34 | Atualizado em 20/12/2024 às 9:06

Com ampla maioria, o Senado Federal aprovou nesta quinta-feira (19) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do corte de gastos.

O texto obteve 53 votos favoráveis e 21 contrários na primeira votação, e 55 a favor e 18 contra na segunda, superando o mínimo necessário de 49 votos para aprovação.

Embora o texto esteja pronto para ser promulgado, ainda falta uma negociação com a Câmara dos Deputados devido a alterações feitas pelos senadores.

Um dos principais pontos da Emenda era a mudança no Benefício de Prestação Continuada (BPC), destinado a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda. Confira abaixo o que foi decidido.

O que mudou no Benefício de Prestação Continuada (BPC)?

Inicialmente, o governo propôs critérios mais rígidos para a concessão do benefício, mas ajustes promovidos pela Câmara suavizaram essas restrições.

  • Manutenção do acúmulo de benefícios: a proposta inicial restringia o acúmulo de mais de um benefício por família. Contudo, essa mudança foi retirada, permitindo que uma mesma família continue recebendo mais de um BPC ou benefício previdenciário;
  • Conceito de família inalterado: o projeto excluiu a ampliação do conceito de família para o cálculo da renda, que poderia dificultar a concessão do benefício;
  • Propriedades e isenção de IR: a proposta que proibia beneficiários de possuírem imóveis acima do valor de isenção do Imposto de Renda também foi retirada.

Além disso, o texto manteve os critérios de deficiência já existentes, mas inseriu uma nova exigência: o benefício será condicionado a uma avaliação que ateste deficiência de grau moderado ou grave.

Outro ponto é que a partir de 2026, o valor para ter acesso ao BPC será corrigido pela inflação.

Impacto fiscal ainda é incerto

O governo federal previa uma economia de R$ 4 bilhões em dois anos com o combate a fraudes no BPC. No entanto, com as mudanças aprovadas, ainda não está claro se essa estimativa será mantida.

Agora, o texto segue para o Congresso Nacional, o que será decisivo para sua promulgação e a implementação das mudanças propostas.

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